Advogado de homem que atirou contra policiais fala sobre o caso
Advogado de homem que atirou contra policiais fala sobre o caso
O advogado Marco Antônio Vasconcelos Alencar Junior, que defende o homem que trocou tiros com policiais após invadir o estacionamento da Delegacia Regional de Polícia de Joaçaba, se manifestou sobre o caso nesta sexta-feira, 09. O acusado permanece no presídio regional. O advogado revelou que entrou com um pedido de liberdade provisória, negado nesta tarde pelo Juiz Marcio Humberto Bragaglia.
O advogado informou que também após a prisão entrou com um pedido de busca e apreensão dos computadores onde ficam armazenadas as imagens das câmeras de segurança da delegacia regional. Segundo ele, o pedido foi motivado após receber a informação, da própria autoridade policial, que no dia dos fatos, a última terça-feira, 06, o sistema não registrou qualquer imagem por que estava desligado, justificando “ao ver da defesa, estas imagens elucidariam os fatos até por que, as aludidas autoridades policiais neste processo são vítimas, o que lhes dá o direito de não dizer a verdade. Como admitir que numa repartição pública policial um sistema de segurança não é verificado diariamente e, ainda, noutro episódio envolvendo outra policial civil também recebi uma negativa de disponibilização de imagens que ao meu ver era totalmente incompatível com a situação fática, pois naquela ocasião, fui informado que investigaram o dia errado”.
Diante do fato, o pedido de busca e apreensão foi encaminhado ao Ministério Público, que manifestou pela aceitação do pedido, porém, nesta sexta-feira, o juiz responsável pelo caso negou a solicitação, aceitando o fato de que os equipamentos pudessem estar desligados.
Questionado sobre qual era o outro caso envolvendo as câmeras de segurança da mesma delegacia, o advogado informou que trata-se de um fato que aconteceu no mês de junho deste ano, que veio a tona após a prisão de Henrique Scheuer, fato que foi registrado pelo portal no momento da prisão, na avenida XV de Novembro.
A investigação apontou que a esposa de Henrique, também policial civil, teria supostamente emprestado sua arma de fogo para que Henrique cometesse um crime de extorsão contra duas vítimas em Herval d´Oeste.
A defesa da esposa de Henrique sustentava que ela não havia participado do crime. No dia de ontem foi disponibilizada a sentença inocentando a policial. O advogado esclareceu “ Para comprovação da participação da policial no crime bastava que se apresentasse as câmeras de segurança da delegacia, pois Henrique teria que ter ido em duas oportunidades até lá, uma para apanhar a arma e cometer o crime e outra para devolver a arma, já que a policial encontrava-se de serviço no dia dos fatos. Eu requeri no primeiro ato que participei na delegacia as câmeras de segurança o que para minha surpresa depois de alguns dias me vieram com a desculpa que buscaram as imagens no dia errado. Estas imagens eram de extrema importância, mas em razão de não fornece-las, a policial teve que se defender de um processo crime que era inocente. Só para esclarecer, ao final do processo crime, o pedido de absolvição não era exclusivo da defesa, pois o Ministério Público também pediu a absolvição da policial. Agora vou analisar a possibilidade de ajuizar uma ação indenizatória contra o Estado”.
Já Henrique, segundo informações do Tribunal do Justiça, foi condenado há mais de 7 anos e quatro meses de prisão pelo crime de extorsão mediante ameaça.
Nos siga no
Google News