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Alan Ruschel retorna à Arena Condá e chora: ‘Farei de tudo para voltar’

Muito emocionado, o lateral Alan Ruschel concedeu uma entrevista coletiva na manhã deste sábado (17), na Arena Condá, em Chapecó.

Éder Luiz

Éder Luiz

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Muito emocionado, o lateral Alan Ruschel concedeu uma entrevista coletiva na manhã deste sábado (17), na Arena Condá, em Chapecó. Alan recebeu alta na tarde de sexta-feira (16) em Chapecó. Ele foi o primeiro dos quatro sobreviventes brasileiros a ter alta, 17 dias após o acidente aéreo com o avião da Chapecoense, que deixou 71 mortos e seis feridos na Colômbia.

Chorando muito durante as primeiras perguntas dos jornalistas, Alan falou sobre seu futuro. "Farei de tudo para voltar a jogar. Com muita paciência farei de tudo para dar muita alegria para esse pessoal aqui". "Tava indo pra um jogo, tu não sabe o que vai acontecer daqui a 10 minutos. O que eu levo da lição é viver a vida, aproveitar a vida e fazer o bem. O que os médicos fizeram por mim durante esses dias não tem explicação", disse. O lateral não se lembra do acidente. “Lembro de a gente chegando em Santa Cruz de la Sierra, em barcando. não lembro do voo. Não lembro do acidente. Lembro depois da minha esposa Marina falando comigo lá no hospital.” O jogador afirmou que trocou de lugar durante o voo. "Eu estava sentando mais pra trás e o Cadu pediu pra eu sentar mais na frente pros jornalistas sentarem no fundo". Ele também falou sobre a volta para casa depois de tantos dias hospitalizado. “Poder dormir com a minha esposa, ver meu cachorro, minha mãe. Todo mundo em casa. É uma sensação única, não tem explicação”. “A primeira coisa que pedi para comer foi feijão, arroz a bife acebolado. Foi muito bom”. O lateral contou também que não sentia o gosto dos alimentos enquanto estava na UTI e que pediu à mulher, Marina, que lhe comprasse um refrigerante. O médico liberou: "Mas foi um só", riu, arrancando risos também dos jornalistas e da equipe da Chapecoense que o acompanhava. Agora, o foco de Alan é a recuperação física para voltar a jogar. Ele calculou que pode estar de volta aos gramados em seis meses.“Eu calculei três meses para calcificar a coluna, já se passou. Mais dois meses pra fortalecer a musculatura. Estou só na ‘capa’”, brincou, entre lágrimas. Sobre o futuro da Chapecoense, Alan lembrou que o grupo era "muito unido". “Espero voltar e levar o ambiente de antes pra dentro do vestiário pros próximos atletas que chegarem.” Follmann Para este sábado também é esperada a chegada do goleiro Jackson Follmann a Chapecó. Primeiro a ser transferido de volta para o Brasil, na segunda-feira (12), o goleiro teve parte da perna direita amputada e passou por uma cirurgia no Hospital Albert Einstein. Ele ficará internado no mesmo hospital onde estão o zagueiro Neto e o jornalista Rafael Henzel. Fonte: G1/SC  


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