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Assassino de policial é recapturado na região

Assassino de policial é recapturado na região

Éder Luiz

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Santino Narcizo Pereira foi recapturado por policiais na noite deste domingo em Catanduvas

As policias Civil e Militar de Catanduvas recapturaram na noite deste domingo, 06, um criminoso de altíssima periculosidade que estava foragido da penitenciária de Palhoça, no Litoral. Santino Narcizo Pereira, foi condenado a pena de 79 anos e 3 meses de prisão pela autoria do assassinato do patrulheiro rodoviário federal Vitor Camargo Neto, de 27 anos, ocorrido no posto da PRF de Vargem Bonita em 8 de dezembro de 1998. Santino foi recapturado pelo policial civil Roberto Carlos Nunes e pelo policial militar Diego Borsói Dala Laste, que chegaram até seu paradeiro depois de uma denúncia que ele estaria ameaçando uma mulher em um clube da cidade. “Fomos até o local, mas não encontramos o suspeito. Depois de alguns minutos de buscas ele foi localizado no terreno de uma empresa da cidade. Após constatarmos que se trava de Santino nos o encaminhamos ao presídio regional de Joaçaba”. Informou o policial Roberto. Relembre o crime O crime aconteceu no km 432 da BR-282, no posto da PRF de Vargem Bonita, em 8 de dezembro de 1998. A vítima, o patrulheiro rodoviário federal Vítor Camargo Neto, 27, foi pego de surpresa e levou dois tiros na nuca, quando estava só no seu local de trabalho. Sete membros da quadrilha que atuou no homicídio foram condenados a uma pena que, no total, chegou a mais de 300 anos de prisão. Por volta das 21h, Neto estava sozinho no posto da Polícia Rodoviária Federal de Vargem Bonita. O seu companheiro, Lauricio Festa, havia saído pouco antes para comprar lanche para os dois. O patrulheiro estava na sua mesa de trabalho registrando na máquina de datilografia um acidente que tinha ocorrido horas antes. Dois homens, Santino Narciso Pereira, recapturado neste domingo e na época com 22 anos, e Antônio Pereira, 27, se aproximaram pelo lado de fora e, sem que Neto percebesse, através da porta de vidro dispararam um dos tiros que lhe atingiu a nuca. O primeiro tiro foi disparado por Santino e partiu de uma espingarda calibre 28 de chumbo pesado. Com o patrulheiro já caído, eles entraram no posto e aí foi a vez de Antônio disparar o segundo tiro, também na nuca, com um revólver calibre 38. Outros homens aguardavam seus cúmplices do lado de fora do posto. Após matarem o patrulheiro os assassinos roubaram a viatura da PRF e a arma da vítima, uma pistola .40 e foram praticar um assalto contra um ônibus que ia para o Paraguai. Quando se dirigiam para o local do assalto, a quadrilha passou pelo patrulheiro Lauricio que voltava com o lanche. Ele estranhou o fato de encontrar a viatura e tentou contato pelo rádio, achando que era o companheiro que estava ao volante. Como não conseguiu falar, foi até o posto checar o que estava acontecendo e encontrou Neto caído em meio a uma poça de sangue, mas ainda com vida. Neto foi levado, já em coma, para o Hospital São Miguel, de Joaçaba. Devido à gravidade dos ferimentos foi transferido de avião, no dia seguinte, para Curitiba (PR), mas morreu uma semana depois. Enquanto Neto era socorrido pelos colegas a quadrilha praticava outro crime, usando a viatura da PRF como isca. O assalto ao ônibus que ia para o Paraguai aconteceu por volta das 22h30, na curva da Santa, na BR-153, no município de Ponte Serrada, a 36 quilômetros do local do crime. Segundo consta no processo, eles fizeram sinal para o motorista parar e quando ele diminuiu a velocidade, acreditando tratar-se de policiais, a viatura fechou o veículo. Dentro do ônibus estavam dez passageiros, entre os quais algumas crianças. Conforme o depoimento das vítimas, os homens entraram gritando e para cada ameaça eles davam tiros para o alto. Santino, que foi apontado no processo pelos companheiros como chefe da quadrilha, avisou aos demais: "Quem tiver menos de R$ 1 mil matem com um tiro na cabeça". Nem o desespero das crianças sensibilizou a quadrilha que roubou todo o dinheiro dos passageiros (a quantia não consta no processo). A sessão de horror durou meia hora. Após fazer disparos contra o veículo e agredir o motorista com socos e pontapés, a quadrilha foi embora. Todo o efetivo das polícias Militar, Civil e Rodoviária da região se mobilizou na captura dos assassinos. Eles foram presos no dia seguinte ao crime na fazenda Saltinho, no interior do município de Irani, a 12 quilômetros do local do crime. Todos os integrantes da gangue moravam na cidade. Eles foram capturados e levados para o Presídio Regional de Joaçaba.


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