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Avicultores cobram reajuste em tabela de preços

Avicultores cobram reajuste em tabela de preços

Éder Luiz

Éder Luiz

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Mais de 50 avicultores de 11 comunidades do interior de Herval d’ Oeste se reuniram na última semana em Sede Belém para discutir o reajuste na tabela dos custos de produção que deverá ser cobrado da empresa integradora (BRF). São avicultores das comunidades de Itororó, Boa Esperança, Pacifico, Sede Belém, Sede Sarandi, Três Barras, Linha Santa Teresinha, Serra Alta, Linha Perpétuo Socorro, São José da Barra Verde e Rancho Queimado, ligados a Cooperativa Regional de Produtores de Aves e Suíno (Cooperavisu) de Joaçaba.

Uma comissão foi formada durante o encontro para discutir o problema com os dirigentes da BRF, o encontro deverá acontecer este mês, em data ainda não definida. Segundo o avicultor de Sede Belém Olacir Cavalli ainda no ano passado a Embrapa apresentou uma tabela onde ficou constatado que o custo de um lote com 14 mil frangos era de R$ 5, 9 mil. “Hoje nos recebemos por este mesmo lote, que levamos de 60 a 70 dias para entregar, entre R$ 3 a 4 mil, trabalhamos no prejuízo. As exigências da empresa são cada vez maiores em relação a equipamentos e as mudanças climáticas exigem cada vez mais investimentos e cuidados por parte dos avicultores”. Cavalli desabafa que hoje não vale a pena continuar na atividade, pois não há lucro. O valor pago pelo lote deveria ser no mínimo de R$ 8 mil. “O filho do agricultor está deixando o campo e migrando para a cidade, por que não vê perspectiva de melhora, a população de integrados hoje está na faixa de 50 a 60 anos, são estes que corajosamente permanecem na atividade”. Ainda segundo Cavalli o custo de criação dos frangos cabe a indústria, enquanto que os integrados ficam responsáveis em disponibilizar a estrutura. Entretanto, as despesas não estão sendo cobertas, ele cita como exemplo os gastos com energia elétrica, água, gás e telas. “A pedido da empresa nós temos que trocar as telas dos galpões um investimento muito alto para o qual não temos retorno”. Outro entrave que impede o produtor de alcançar o padrão exigido pela agroindústria é a ração de baixa qualidade fornecida pelo contratante. “Quando o alimento é de má qualidade a ave não se desenvolve como deveria chegando a indústria com peso abaixo do esperado”. Cavalli avisa que os avicultores esperam respostas positivas da empresa, pois caso contrário irão decidir quais atitudes serão tomadas. “Este não é um problema só dos avicultores de Herval d’ Oeste, é uma reclamação do todos os integrados do Estado e estas assembleias estão sendo realizadas em todas as microrregiões de Santa Catarina, é um reclame de milhares de avicultores e esperamos que a agroindústria nos ouça e melhore os preços”.


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