
A redação do Éder Luiz.com tem recebido várias reclamações quanto aos abusos que vem acontecendo nas madrugadas em Joaçaba. São noites de extrema preocupação para a comunidade, com excesso de velocidade, badernas, brigas, som alto em veículos e arruaças, que perturbam e causam transtornos para moradores da área central da cidade.
Uma das ruas que mais registra este tipo de problemas é a Getúlio Vargas. A situação se agravou depois que as lombadas eletrônicas, instaladas pela prefeitura para coibir os abusos dos motoristas, pararam de funcionar por força do encerramento do contrato com a empresa que operava os equipamentos. A abertura de nova licitação aconteceu, mas até agora não há um resultado. Entre os e-mails que recebemos um expõe toda a indignação diante do fato. O professor universitário Evandro Guindani, morador da Getúlio Vargas, escreveu manifestando sua preocupação e fazendo um apelo às autoridades e a sociedade para que o problema seja discutido. Leia: Escrevo para manifesto minha indignação ética em relação a alguns fatos que estão se tornando rotina e sendo naturalizados nas nossas cidades. Entendo que o limite para a tolerância em relação às atitudes humanas está no abuso e no desrespeito à dignidade do outro. O fato é o seguinte: Muitas pessoas após a meia noite, estão circulando com seus veículos, nas avenidas da cidade de Joaçaba, desrespeitando os limites de velocidade, colocando em risco a vida das outras pessoas. Além disso, os senhores motoristas, que teoricamente estão “habilitados” a dirigir, acordam os moradores com o som do carro e buzina. No apartamento onde moro, na descida da Av Getulio Vargas (Joaçaba), os vidros do meu quarto, e de minha filha bebê, chegam a estremecer, isso 1h da madrugada com o volume do som desses veículos. Nesta última quarta-feira à noite (11/4), um carro desceu em alta velocidade, (na Getúlio Vargas) e ao passar sobre a lombada colidiu contra uma pedra, invadiu a calçada, e quase capotou, deixando para trás um pára-choque. E se tivessem estudantes descendo a pé pela calçada? E se eu estivesse passeando com minha filha de 1 ano e meio na calçada? Se os pais não colocam limites para seus filhos “motoristas habilitados”, penso que o Estado é quem deve impor esse limite por meio da polícia. Como se não bastasse, é comum ouvirmos e presenciarmos gritos e xingamentos que partem dos ocupantes desses veículos, que baixam o vidro e começam a gritar palavrões, dirigidos a moradores e transeuntes. Aqui presenciamos atos abusivos. Porem quando comentamos com outras pessoas, muitos dizem: “Na Getúlio Vargas e no centro da cidade é assim mesmo, pois a molecada sai dos bares alcoolizados e perdem a noção...” Bem, essa é a prova de que a situação está sendo naturalizada. E aí está minha indignação, as más atitudes não podem ser naturalizadas, do contrario, a vida social começa a entrar em crise. Manifesto aqui apenas minha indignação e o convite para pensarmos coletivamente, em conjunto com o poder publico uma saída, principalmente para essas avenidas onde há maior circulação de veículos depois das 22h. É importante destacar que nessas avenidas residem trabalhadores, idosos e crianças que precisam descansar e acordar cedo para trabalhar. Para essas pessoas que promovem essas atitudes, imagino que apenas a força da lei poderá fazê-las retomar a dimensão ética, condição indispensável para a vida em sociedade. Apenas lanço aqui minha indignação como cidadão e professor de Ética, porém é preciso tomar uma atitude, como sociedade organizada. O poder público municipal também precisa fazer cumprir a legislação para isso, a Lei já existe: - Lei Complementar 56/02 de 11 de abril de 2002 de Joacaba, a qual dispõe sobre ruídos urbanos e proteção do bem estar e do sossego público. Abraços e obrigado por possibilitarem esse espaço de interação com a sociedade. Evandro Guindani
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