Cachorro ataca criança em Videira
Moradores do bairro Nossa Senhora Aparecida, em Videira, estão assustados com a quantidade de cachorros abandonados nas ruas.

Moradores do bairro Nossa Senhora Aparecida, em Videira, estão assustados com a quantidade de cachorros abandonados nas ruas. O medo aumentou nessa semana, quando a pequena Ana Clara Seitenstuecker, de 4 anos de idade foi atacada por um pastor alemão com mestiço, que a mordeu na cabeça e pescoço. Além das mordidas, ela sofreu escoriações por todo corpo e, segundo o médico que a atendeu, está viva por milagre. É que os ferimentos foram profundos e por pouco não atingiram a artéria do pescoço – o que seria fatal.
No momento do ataque Ana estava com seu pai, em casa. Segundo a mãe, Zenaide Pinheiro, que estava trabalhando no momento do ocorrido, a filha estava brincando, quando percebeu que seu cachorrinho, apelidado de Pretinho, estava envolvido em uma briga com mais cães na frente da sua casa. Ela relatou que foi ajudar ele a se desvencilhar do ataque. “Aninha disse que queria salvar o Pretinho e por isso deu um tapa no cachorro que acabou pulando nela. Como ela não caiu, o animal lhe mordeu na cabeça”. Assustada, a menina gritou e foi de encontro do pai, que vinha correndo na porta, assustado. “Meu marido a cobriu com uma toalha, não parava de escorrer sangue pelo rosto e pescoço, por isso ele a levou para o chuveiro. Nesse momento percebeu a gravidade da mordida na cabeça. Como ela tinha cabelo comprido não dava para ter noção de como foi”, lembrou Zenaide, que foi para casa e, junto do marido e da filha, dirigiu-se ao pronto socorro. Ana ficou no hospital três dias. Lá ela teve que fazer uma raspagem do crânio que segundo a mãe foi levemente afetado e por isso esta com duas sondas de dreno. Ela não soube responder exato o número de pontos que Aninha levou, já que foram muitos, na cabeça, sobrancelha direita e na bochecha. Devido à gravidade dos ferimentos o cabelo teve que ser rapado. “Ela ainda não sabe que seu cabelo foi cortado, mas isso é o de menos. Todos se assustaram com os ferimentos, foi um milagre ela ter escapado”, disse. Zenaide afirma que os enfermeiros que atenderam sua filha falaram que ela deveria rezar a todo o instante por não ter acontecido algo pior assim como o médico que atendeu o caso, que lhe explicou que por um milímetro a mordida do cachorro não pegou a artéria do pescoço da Ana o que se tivesse acontecido teria levado a morte. Ana está tomando remédios para dor e infecções, além de ter que ir duas vezes por dia durante sete dias, refazer os curativos e ver como esta a sonda. Vizinhos esperam que o poder público tome medidas e retire os animais que andam pelas ruas do bairro assustando as crianças e fazendo com que situações como essa aconteçam. Cão era dócil O cachorro que mordeu Aninha era conhecido, pois pertence ao vizinho Tiago Ferreira, que está auxiliando a família da menina. Ele falou que o animal seria tranquilo, mas desde que cadelas no cio começaram a aparecer no bairro, seu comportamento ficou alterado, com mais agressividade. “Meu cachorro sempre foi calmo e dócil, porém quando percebe a presença de outros animais na rua, principalmente de cadelas, ele fica alterado. Sempre o deixo preso na corrente. No dia do ataque ele se soltou e foi para a rua com outros. Aqui a cada dia aumenta o número deles, todos sem donos. A Aninha estava na frente de casa e foi ai que aconteceu. Ele está com todas as vacinas em dia e nunca tinha feito isso”, afirma.
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