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O movimento ‘Crueldade Nunca Mais’ reuniu dezenas de pessoas durante à tarde do último domingo (22) em Joaçaba.

Éder Luiz

Éder Luiz

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O movimento ‘Crueldade Nunca Mais’ reuniu dezenas de pessoas durante à tarde do último domingo (22) em Joaçaba. A mobilização nacional de luta contra os maus tratos aos animais foi abraçada pela Ong Amigos dos Animais, que atua em Joaçaba, Herval d’ Oeste e Luzerna.

Mesmo com tempo nublado, os manifestantes e simpatizantes da causa se reuniram em frente à Delegacia de Polícia na Rua Tiradentes e saíram em carreata pelas principais ruas de Joaçaba e Herval d’ Oeste. Com cartazes, adesivos, camisetas e entregando panfletos, o grupo realizou a manifestação com a intenção de chamar a atenção das autoridades para a necessidade de mudança na legislação quanto à punição para quem agride animais. Os panfletos que foram entregues durante o trajeto da manifestação, explica como a população deve agir nos casos de flagra de maus-tratos a animais e ainda como ela deve proceder para formalizar a denúncia, não deixando o agressor impune. A pena para esse crime é de três meses a um ano de prisão, porém, na maioria dos casos acaba sendo revertida em pagamento de cestas básicas ou prestação de serviço comunitário. De acordo com a organizadora do protesto, a presidente da ONG Amigos dos Animais, Elisabete Margot Vieira, o evento se propagou com a colaboração da Ong, de voluntários e por meio da internet. “As pessoas divulgaram em suas redes de relacionamentos a passeata”, diz. Segundo ela, mesmo com o tempo fechado no início da manhã deste domingo, o evento conseguiu atingir seu objetivo, sendo realizado com sucesso. Segundo Elisabete as punições da lei nº 9.605/98 que trata dos direitos animais, prevê pena de 3 meses a 1 anos de prisão para os agressores. “Essa pena é convertida apenas para a prestação de serviços ou doações de cestas básicas”, diz. “A legislação é falha e deficiente. Há constatação que tiramos da lei é que não há punição”, disse. Depois do episódio do yorkshire, todo mudo se juntou e disse: ‘Chega’. Nunca ninguém viu uma mobilização animal dessa proporção, e isso aconteceu é por conta do grande numero de maldades a animais perante a sociedade”, salientou Elisabete. “Tivemos diversos casos em Joaçaba e região, como o episódio do cachorrinho que ficou por mais de 4 horas trancado dentro de um carro, e também o falso protetor dos animais”. “Mesmo quem não gosta de animais, ou quem não cria um animal, não quer que seu filho veja o que ela - enfermeira que matou o yorkshire - fez, ou o que outros estão fazendo com os animais”, explicou a presidente da ONG. “Os maus tratos existem e é preciso vigiar e punir quem pratica esses crimes” salienta Elisabete. “As autoridade precisam punir, pois essa lei reforça a impunidade. Por isso as ONGs reuniram seus manifestantes e simpatizantes, pois os legisladores não tem feito muita coisa. Pelo contrário até tentaram alterar a lei nº 9.605/98 retirando cães e gatos, para que não sejam considerados da fauna, um verdadeiro contracenso”. “O que pretendemos é a alteração do texto dessa lei de 1998, com base no mesmo movimento do “Ficha Limpa”, que surgiu de uma iniciativa popular. Precisamos de mais de 1 milhão e 500 mil assinaturas de eleitores registrados, para então encaminhar para o legislativo em Brasília”, explica. “Esse projeto de Lei de Iniciativa Popular, introduzirá no Brasil uma punição efetiva e rigorosa para aqueles que cometem maus tratos e crueldades!” Segundo Elizabete, a discussão já permeia a mudança de apenas o artigo 32º ou da criação de lei específica para animais domésticos. “Será a criação de uma lei nacional, suprindo a falta de leis estaduais e municipais. Aqui na região apenas Capinzal possui legislação própria”, diz.


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