Caso Andressa – Homem que rondava a família Holz concede entrevista
Caso Andressa - Homem que rondava a família Holz concede entrevista

Notícia atualizada ás 14h30
O homem que foi detido em Luzerna fazendo uma suposta investigação sobre a morte da menina Andressa Holz, concedeu uma entrevista exclusiva ao repórter Tiago Rafael(Ouça trechos da entrevista na galeria) . Na conversa ele revela por que resolveu investigar o caso por conta própria e que tem certeza sobre quem matou a menina. O homem detido na última sexta-feira, 08, é Cebaldo Krug. Aposentado, ele revelou que começou as investigações na tentativa de esclarecer o que houve. “A gente tem o dom para isso também. A gente é intrometido, mas não deveria ter se metido. A gente é pessoa civil e tem direito de olhar e ver”. Sobre a autoria do crime, Cebaldo disse que as investigações o levaram a um suposto criminoso. O nome foi preservado para que novas especulações não surjam e atrapalhem o trabalho da polícia, ou até mesmo gerem um clima de animosidade sobre a pessoa. “Eu não tenho dúvida nenhuma de quem foi e quem não foi. O que depender de mim eu ajudo”. O aposentado revelou ainda que depois que “descobriu” quem era o criminoso criou uma rejeição muito grande a pessoa. “Eu não posso ver essa pessoa. Tem uma foto dele, não posso olhar pra ele que eu fico muito mal. Só Deus pode perdoar uma pessoa assim. Fico muito comovido”. Cebaldo ainda revelou que torce para que o inquérito, que foi arquivado pela justiça, seja reaberto. “Vamos torcer que reabram o processo. Eu fiz isso por que eu queria saber. Por que a sociedade queria saber. É melhor para as mães se sentirem mais seguras. Por que se é um estuprador que pode estuprar de volta outra menina é bem pior”. Encerrou. Cebaldo foi ouvido pela polícia nesta segunda-feira, 11. Ele foi detido na noite da sexta-feira, dia 8, pela Polícia Militar na comunidade de Linha Leãozinho, Luzerna. Os PMS desconfiaram da atitude do homem que estava rondando a vizinhança e fazendo perguntas para moradores da comunidade. O suspeito estava especialmente interessado na vida da família Holz, pais e irmão da menina Andressa, cujo assassinato completará dois anos no próximo dia 17 e que permanece como um grande mistério. Cebaldo Krug tem uma condenação por homicídio cometido em Joaçaba. Ele foi o autor do homicídio do vigia João Alberguini, cumpriu a pena e foi liberado. Ele também já foi ouvido pela polícia no inquérito que apura a morte de Andressa em outras oportunidades. Cebaldo foi abordado e com ele os policiais encontraram uma corda e um punhal. Ao seguir com a revista também foi encontrada uma câmera filmadora digital. Os policiais assistiram o conteúdo, que mostrava os pais de Andressa em seu dia a dia. As imagens foram gravadas em meio a mata e nas proximidades da casa da família. Também havia gravações no telefone celular. Após a abordagem os policiais levaram Cebaldo até a delegacia de Joaçaba. Ele foi ouvido pelo delegado de plantão e teria dito que estava investigando a morte de Andressa. Nos vídeos existiriam trechos onde vizinhos da família são questionados sobre o fato. Questionado sobre a corda e o punhal, o cidadão informou ainda a PM que como andava na mata precisava subir nas árvores para investigar e para isso usava a corda. O caso Andressa Tarde de 17 de junho de 2010, Andressa saiu de casa, em Linha Leãozinho, por volta das 15hs, de bicicleta, para participar da catequese no pavilhão da igreja matriz, centro da cidade. Por volta de 16hs, ela se despediu dos amigos e voltou sozinha para casa. Ás 17hs os pais notaram que a menina estava demorando, começaram a procurar. Cães farejadores, policiais e até um helicóptero da Polícia Civil foi usado na tentativa de achar alguma pista nos dias que se seguiram. Toda a área foi varrida, até mesmo o local onde o corpo seria encontrado. Nada apareceu. Um suspeito surgiu, um homem que trabalhava em um circo que estava na região na época do sumiço. Em depoimento ele confessou que havia matado Andressa, mas entrou em contradição. Por fim, um irmão apareceu e confirmou que o homem não estava na região no dia do crime e que sofria de problemas mentais. Ele foi solto. Os meses se passaram, até que numa manhã de sexta-feira de outubro a angústia por saber o que havia acontecido teve fim. Andressa estava morta. Um grupo de vizinhos e o pai de Andressa, Otávio Holz, foram os responsáveis por achar os restos mortais e a bicicleta. A polícia tinha suspeitos, mas nenhuma prova. O inquérito foi enviado para o Ministério Público, que devolveu para a investigação. O promotor recebeu a documentação e disse que era sugerido um possível arquivamento. Foi ai então que ele solicitou o auxílio da Delegacia de Homicídios. Após a nova tentativa o inquérito foi definitivamente arquivado, sem que culpados fossem encontrados.
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