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O colecionador com o cartaz do filme Macunaíma
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Colecionador tem fóssil que pode ter cerca de 500 milhões de anos

Colecionador tem fóssil que pode ter cerca de 500 milhões de anos

Éder Luiz

Éder Luiz

O colecionador com o cartaz do filme Macunaíma

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Relíquia faz parte das curiosas coleções de um hervalense amante de cinema, fósseis, fragmentos de meteoritos, artefatos arqueológicos e minerais

Uma paixão que começou com selos, revistas em quadrinhos, vinis, CD’s e DVD’s, assim Omar Dimbarre define seu hobby por colecionismo. Atualmente, Dimbarre tem se dedicado a colecionar cartazes de cinema, fragmentos de meteoritos, artefatos arqueológicos, fósseis e minerais.

Especificamente sobre os cartazes, o colecionador informa que reúnem três assuntos de seu interesse: cinema, arte gráfica e história. Ele explica que para colecionadores, só interessam as peças que são originais, isto é, usados na divulgação feita na época do lançamento do filme.

Na maioria das vezes, para se conseguir um cartaz considerado raro, sãofeitos contatos principalmente pela internet, com outros colecionadores, empresas ligadas ao cinema ou vendedores de antiguidades. Ele cita que enquanto alguns cartazes no Brasil podem ser comprados, ou vendidos por cerca de R$ 300, no exterior o valor pode chegar a R$ 6 mil. 

Um dos valores mais altos alcançados na venda de um cartaz foi US$ 1,2 milhão, equivalente a R$ 2,5 milhões pago por um pôster do filme “Metrópoles” de Fritz Lang. O valor foi pago por um colecionador em um leilão em Los Angeles. Um dos maiores colecionadores de cartazes e cinema do mundo é o cineasta e produtor de cinema Martin Scorsese.

Entre os pôsteres considerados raros que fazem parte da coleção de Dimbarre, podemos citar o do filme Barra Vento de Glauber Rocha de 1962, Ivan, O Terrível de 1944 dirigido por Sergei Eisenstein, Macunaíma, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade, filme de 1969, além do cartaz norte-americano do filme brasileiro, O Cangaceiro, lançado em 1953. Outra raridade da coleção são três ingressos do festival de Woodstock realizado no estado de Nova York, Estados Unidos em 1969.


Outras coleções 

Outra coleção que ocupa espaço tanto na casa como na vida do colecionista é a de minerais. Ele comenta que essa paixão começou quando, enquanto criança, ele teve acesso a uma gravura de uma Pirita, popularmente conhecida como Ouro de Tolo, em um livro de geologia.

A coleção contém, além da Pirita adquirida de um colecionador da Espanha e que acredita-se possuir bilhões de anos, um Meteorito Santa Catarina, encontrado no município de São Francisco do Sul em 1875, porém comprado de um colecionador inglês, um fóssil Trilobite, artrópodes característicos do Paleozóico, conhecidos apenas por registro fóssil e exclusivo de ambientes marinhos, entre outros. Suspeita-se que o Trilobite possua cerca de 500 milhões de anos.

Juntamente com a coleção de meteoritos, Omar possui também exemplares de Impactites, ou seja, minerais formados a partir do impacto de um meteorito. Com a força do impacto, novos minerais são formados, em alguns casos, misturando matéria do próprio meteorito com material terrestre.

Entre os fósseis encontram-se também os de artrópode marinhos, um dente de Mosassauro, predador marinho contemporâneo dos dinossauros, partes de dinossauros, entre outros. No Brasil todo fóssil ou material arqueológico encontrado deve ser entregue para o governo. Por isso, todos os exemplares da coleção, foram adquiridos no exterior. Dimbarre possui cerca de 15 a 20 peças.

Omar Dimbarre que é produtor cultural independente, foi responsável em parceria com a Unoesc, pela organização de mostras de cinema, pela exibição pública do filme, Faroeste Caboclo, além de ter realizado uma exposição de cartazes no Sesc. A ideia do produtor é organizar um encontro de colecionadores.


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