Rodrigo Leitão
O verão está mostrando sua face mais caliente. Então, ao se falar de vinhos, só existe uma constatação: é tempo de rosés!
Esses vinhos são os mais apropriados para os happy hours até março. Nesse período, a natureza nos oferece uma gama de alimentos que, nas composições de cardápios em casa e nos restaurantes, vão combinar melhor com os vinhos rosés do que com os demais tipos de vinhos. Estou falando das flores comestíveis que são abundantes nessa época, dos legumes e verduras desta estação, que favorecem os aromas e as frutas dos vinhos e também dos espumantes rosés.
E para quem aprecia churrasco, frutos do mar, frangos caipiras, canapés dos mais variados tipos o vinho rosé constitui uma excelente pedida. São bebidas que harmonizam com praticamente tudo que é servido como acompanhamento em uma degustação, seja ela num simples bate-papo com amigos ou em uma recepção formal. Os vinhos rosés são servidos gelados, a uma temperatura que pode variar de 8 a 12 graus, dependendo do ambiente (a temperatura mais baixa em locais abertos). E para guardar, não tem mistério. O vinho rosé deve ter o mesmo tratamento dos vinhos brancos para armazenagem e serviço. Se você tiver adega climatizada, pode guardar os vinhos rosé lá, mas um dia antes de servir é sempre bom levar para a geladeira, pois a temperatura dos refrigeradores é mais adequada do que as verificadas nas adegas climatizadas.
O rosé é um vinho que vai bem da entrada ao prato principal, mas se pensar em aperitivo o ideal é o espumante brut rosé. O vinho rosé pode ser bebido no happy hour, no lugar da cerveja, principalmente se estiver calor. Ele também é bom para acompanhar entradas, saladas com frutos do mar, com frios do tipo salames e presuntos e com frutas vermelhas. Mas você pode e deve usar o vinho rosé ou o espumante brut rosé como acompanhante de prato principal com peixes gordurosos, frutos do mar, paella e carnes magras grelhadas. Até no churrasco ele cai muito bem e tem a vantagem de não inchar nosso organismo como a cerveja faz.
Bons vinhos rosés são feitos aqui no Brasil. Em Santa Catarina destaco dois de excelente estirpe, o Taipá, da Pericó, e o Joaquim, da Villa Francioni. Este último foi escolhido, em uma degustação à cegas, em São Paulo, no ano passado, como o melhor rosé à venda no mercado brasileiro. Entre os espumantes rosés de Santa Catarina você pode provar sem medo o Villaggio Grando, o Santa Augusta, o Joaquim o Maestrale da Sanjo e o Kranz, de Treze Tilias.
Explicando de forma bem simples, o que dá cor ao vinho é a casca. Quanto mais tempo o mosto, que é o suco da polpa do vinho (que é branca), ficar em contato com a casca, mais cor ele vai ter. Isso se chama maceração e juntamente com o processo de fermentação, não pode passar de 6 dias, para se conseguir um bom vinho tinto.
No rosé, dura de 6 a 20 horas, em média, se você for fazer o vinho rosé com uva tinta e um vinho autêntico. Outra forma de fazer é misturar dosagens de vinho tinto em vinhos brancos feitos de uvas tintas. Mas o mais apropriado é o primeiro processo. É por isso que nos rosés em contato por mais tempo com a casca da uva, a gente consegue até perceber taninos leves. Mas isso não é importante, porque assim como espumantes e vinhos brancos, o que classifica um bom rosé e a sua acidez. Isso você mede da seguinte forma: quanto mais saliva for produzida depois de se provar um vinho, mais acidez ele tem. No caso dos espumantes, vinhos brancos e vinhos rosés, isso vai significar qualidade. Quanto mais ácido, sem que incomode o paladar, melhor será esse vinho.
Tin-tin!
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