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Marcia e o filho.
Geral

Com bom humor e menos de um metro, anã xanxerense conta os desafios diários

Com muita alegria Márcia Viana, xanxerense, encara a vida de uma forma diferente.

Éder Luiz

Éder Luiz

Marcia e o filho.

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Com muita alegria Márcia Viana, xanxerense, encara a vida de uma forma diferente. Ela que possuí 37 anos e 97 centímetros de altura, esbanja sorrisos ao contar um pouco mais sobre sua vida.

Questionada sobre as dificuldades que enfrenta no dia a dia ela comenta que o maior sofrimento é retirar a roupa da máquina de lavar. “Pensando qual a minha maior dificuldade, eu digo, é tirar a roupa de dentro da máquina. O resto eu sou acostumada”. Marcia, é a única anã de sua família. Segundo ela, o seu crescimento foi impedido após uma paralisia, na qual sofreu quando tinha seis meses de idade. “Eu tive uma paralisia com seis meses de idade, passei por vários médicos, várias consultas. Ia para Curitiba, Chapecó e os médicos não conseguiam reverter a situação. Com o passar do tempo, minha mãe percebeu que meu tamanho estava estranho. Porque minha irmã que é mais nova que eu era maior. Mas naquela época, não se tinha recurso e minha mãe foi deixando e, quando ela procurou ajuda médica, era um pouco tarde. Eu tomei três anos de hormônio, mas não adiantou”. Marcia é casada há oito anos e tem um filho de cinco anos de idade. Ela comenta que sua gravidez foi normal. “Tenho um menino de cinco anos, que diga-se de passagem, está maior que eu. Todos me perguntam como foi minha gravidez, mas foi muito normal. Não engordei mais do que o normal. Mas tive muito acompanhamento médico. Ele nasceu de sete meses e duas semanas. Ele ficou 15 dias na UTI, só. Como os médicos previam que não iria chegar até o final, eu recebi a injeção para preparar ele. Ele nasceu com sete meses porque a médica disse que estava ficando perigoso, tanto para ele quanto para mim”. Márcia diz que o seu filho é seu protetor. “Hoje ele me cuida, as vezes na rua ele fala, mãe vem mais perto que você é muito pequena. Mas ele tem uma vida normal”. Em sua residência Márcia, tem um banquinho que é seu fiel companheiro. “Para acender a luz, nos locais que são mais altos, eu pego o chinelo e bato. Eu tenho um banco de plástico que eu levo na pia, no banheiro, eu levo ele onde vou. Então para mim não é difícil”. O maior obstáculo enfrentado por ela é ir ao banco. “No banco é complicado, porque às vezes o atendente não me enxerga na fila. Ai a pessoa que está atrás de mim avisa que estou na frente”, comenta com risos. Já no supermercado, Márcia destaca que sempre recebe ajuda. “Eu sempre peço ajuda e sempre recebo. O preconceito incomoda até você se aceitar. Na adolescência é pior. As vezes as pessoas na rua não se controlam. Para mim é tudo normal”. Hoje a Anã não trabalha, mas produz agnoline para venda. “Nas horas vagas, gosto de cozinhar, fazer agnoline para vender e fazer palestras nas igrejas em todas as regiões. Eu não tive uma mudança em minha vida para eu poder me adaptar, eu sempre fui pequena então levo minha vida com muita alegria”. Fonte: Lance Notícias


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