
A Coperio recebeu carta branca dos associados para penhorar seu patrimônio e com isso poder obter um empréstimo junto ao Banco de Desenvolvimento Nacional (BNDES). A decisão foi tomada durante uma assembléia na tarde desta segunda-feira, 28, em Joaçaba. A assembléia serviu para acertar os detalhes do projeto, que busca arrecadar fundos para a quitação de dívidas das cooperativas Coperio, de Joaçaba e Copérdia, de Concórdia. Durante o encontro os associados receberam informações sobre a linha de créditos que é pretendida e aprovaram por unanimidade a medida.
A penhora dos bens da Coperio é necessária para fixar os ativos ao banco. Diretores informaram que as duas cooperativas precisam postergar a dívida. A sistemática é que as pendências de curto prazo sejam prolongadas. Porém, os bens dos associados estão assegurados, segundo informou Vanduir Luiz Martini, gerente da Copérdia e presidente da comissão de incorporação das duas cooperativas. “Se for analisado o relatório da comissão, a primeira preocupação que se teve foi a participação dos bancos. Na sequência, ele mostra a preocupação em manter a cota do associado da Copérdia e da Coperio, evitar que o associado tenha que buscar recursos próprios para quitar alguma dívida da cooperativa. Tudo isso está preservado”, disse o gerente. Mas, os bens penhorados da Coperio não garantem totalmente a disponibilidade do empréstimo de aproximadamente R$60 milhões, valor que deverá ser quitado nos próximos 12 anos. Segundo o presidente da Copérdia, Valdemar Bordignon, ainda é preciso esperar o aval do BNDES para o empréstimo. Bordignon informou também que para fazer as mudanças administrativas ainda é necessário cerca de R$5 milhões. Sindicato quer respostas Para presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Joaçaba, Dileto Paganini, a medida adotada pela presidência das duas cooperativas foi a mais adequada. Segundo ele, não há outra alternativa que não seja a incorporação. Dileto relata que os produtores querem que haja investigação no caso de denúncias de fraudes e desvios de produção. O presidente afirma que o sindicato irá contratar um assessor jurídico para acompanhar o processo investigativo. “Se houve pessoas que enriqueceram ilicitamente com o suor do trabalhador rural, que pague na justiça”, conta o presidente.
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