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Corregedor do IGP ouve em Joaçaba testemunhas de caso polêmico

Éder Luiz

20 de agosto de 2014 às 19:48

Por Michel Teixeira

Um corregedor do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Santa Catarina veio a Joaçaba para apurar o caso da adolescente de 16 anos que perdeu o filho ainda no ventre. A jovem e familiares acusam o médico legista do IGP de Joaçaba, Bruno Maresch, de supostamente ter atendido a gestante embriagado. A denúncia veio à tona no dia 16 de junho. O corregedor, Emerson Cechetto, vai apurar eventual responsabilidade do médico no caso. À época da morte do bebê um vídeo foi gravado pelo celular por familiares da adolescente enquanto Maresch explicava a causa do óbito. O material, inclusive, é usado pela família no processo que foi ingressado contra ele.

A mãe da jovem, Sirlei Aparecida de Oliveira, foi uma das testemunhas ouvidas pelo corregedor na tarde desta terça-feira (19). Ela continua afirmando que o médico estaria embriagado. Por sua vez, o médico garante que não havia consumido bebida alcoólica e se defende dizendo que a família não aceitava o resultado informado por ele no dia dos fatos. Ele foi ouvido ela corregedoria nesta quarta-feira.

A família contratou o advogado Éber Marcelo Bündchen para representá-la judicialmente. Além de Maresch, o médico que atendeu a jovem no Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST) também foi acionado na Justiça. A adolescente que estava com 39 semanas de gestação buscou atendimento no HUST na noite do dia 12 de junho, já vislumbrando o nascimento da criança. Entretanto, foi informada pelo médico plantonista que o parto ainda não deveria ser feito. Ela recebeu medicação e ficou em observação até o dia seguinte. Dois dias depois, após não sentir mais o bebê se mexer a jovem retornou ao hospital quando foi informada pelo mesmo obstetra que a criança estava morta.

O caso foi parar na polícia e agora está na Justiça. A família também acusa o legista de ter antecipado o resultado da morte após a necropsia antes mesmo do laudo ter sido concluído.