Creas identifica aumento de andarilhos nas ruas de Joaçaba
Creas identifica aumento de andarilhos nas ruas de Joaçaba

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) tem mapeado determinados locais do município de Joaçaba em busca de pessoas que tem se alojado em pontos da cidade e que permanecem no município pedindo esmola e vivendo em condições precárias e de risco.
O aumento de pessoas perambulando pelo município aumentou nesse mês de julho. Em média são abordados de 5 a 6 pessoas por dia com a faixa etária entre 20 a 75 anos, em sua maioria do sexo masculino, casados e todos fazem uso de algum tipo de droga e consomem bebidas alcoólicas. O motivo de essas pessoas procurarem pelo município de Joaçaba ainda não foi identificado. O que se constata é que todos são vindos de outros municípios e que dizem estar procurando por emprego. Segundo a coordenadora do Creas, Rozane Martins Schmautz, o serviço de abordagem social tem se preocupado com esse aumento, contudo, não se tem muito que fazer para impedir que essas pessoas venham para o município. “Nós fazemos um cadastro dessas pessoas e através da documentação deles conseguimos identificar qual a cidade de origem de cada individuo, após isso, entramos em contato com o serviço social da cidade e fazemos o encaminhamento de volta”, diz. Os locais mapeados e que servem de abrigo para os moradores de rua são em baixo das pontes Emílio Baungart e Jorge Lacerda, em baixo da Passarela Atílio Pagnocelli, na Praça Brasílio Celestino de Oliveira, em frente à rodoviária e na Praça da Catedral. “Não sabemos o que trás eles para Joaçaba. Alguns dizem estar perambulando e outros dizem estar à procura de emprego, mas a única coisa que podemos fazer é encaminha-los de volta para suas cidades”, comenta Rozane. Sempre que é mapeado algum individuo na cidade, é feito um cadastro do mesmo, no Creas. A pessoa passa por um questionário e a partir dessas informações e dos documentos pessoais, é possível um contato com a cidade de origem. “Esse cadastro nos ajuda em casos da pessoa ser encaminhada para seu município e ela retornar a Joaçaba, com o cadastro agilizamos o processo e a encaminhamos de volta novamente”, explica a coordenadora do CREAS. O serviço de abordagem social afirma que no município não há nenhum morador de rua. Apenas três casos foram identificados, e encaminhados para internação como tentativa de recuperação e depois inserção familiar. “Todos os casos que temos hoje são de pessoas que possuem famílias em outros municípios. Alguns são de Piauí, outros da Bahia e tem um grau de escolaridade variada. Mas estamos preocupados porque houve esse aumento no diagnóstico dessas pessoas que antes eram de uma ou duas por dia, e agora nos preocupa ainda mais por ser uma época de frio e precisamos garantir o direito deles”, afirma. A questão principal que tem causado o aumento de pessoas perambulando nas ruas é definida pela coordenadora do Creas como a área familiar. “Hoje em dia perderam-se muito os valores e precisamos fortalecer os vínculos familiares para que as pessoas não estejam na rua. Todos os que constatamos são casados, tem filhos, e por problemas familiares encontram na rua uma forma de escapar, ou como uma forma de própria defesa diante das situações vividas. O retorno deles para suas casas nem sempre é possível, às vezes é necessário encaminhar para outra cidade onde o individuo possua algum parente”, finaliza Rozane.
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