
A Polícia Civil de Joaçaba já tem de forma extra-oficial o resultado do laudo psiquiátrico da mãe que matou a filha recém nascida após joga - lá da passarela Atílio Pagnonceli no Rio do Peixe.
O delegado Maurício Pretto, que comanda as investigações, informou em primeira mão ao Éder Luiz.com que na última sexta-feira um perito oficial do estado esteve no presídio em Chapecó, onde está presa Marisa Hoffmann, de 32 anos. O psiquiatra enviou uma cópia do laudo onde teria concluído que Marisa estava sobre o efeito do chamado "estado puerperal", que pode ser entendido como um surto psicótico e que teria levado a mãe a cometer o crime. Com esta conclusão o delegado terá que descartar a hipótese de homicídio e adotar o infanticídio. Os dois crimes tem penas muito diferentes, enquanto que o homicídio pode chegar a pena máxima de 30 anos, o infanticídio varia apenas de 2 a 6 anos de prisão. “O que vale nesta hora é o laudo oficial. Ainda não recebemos ele, mas pelo que foi passado pelo perito esta é mesmo a conclusão”. Disse o delegado. No sábado a justiça concedeu a prorrogação da prisão temporária de Marisa por mais 30 dias, assim ela continuará detida em Chapecó. Assim que o laudo oficial for entregue o advogado de Marisa deverá entrar com um novo pedido para que ela responda o processo em liberdade. A argumentação é de que a mãe é primária, possui bons antecedentes e tem duas crianças pequenas que dependem dela, embora estejam vivendo com os pais da acusada. O advogado trabalha com a tese de que sua cliente sofreu de depressão pós parto, o que ficará evidente á partir do laudo. A Polícia tem ainda um segundo laudo, feito por um perito particular, que concluiu exatamente o contrário da perícia oficial. Neste exame o psiquiatra concluiu que a mãe não apresentava qualquer alteração que pudesse leva-lá a cometer o crime. " Vamos anexar os dois laudos no inquérito. Não se descarta a possibilidade do juiz pedir um terceiro exame para dirimir qualquer dúvida". explicou o delegado. Relembre Segundo o apurado, Marisa estava grávida e escondia a gravidez dos pais. Para realizar o parto, internou-se no Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST) de Joaçaba no final de semana e, após dar a luz a uma menina, recebeu alta do hospital. No caminho até a rodoviária de Joaçaba, ao passar perto da passarela que une os municípios de Joaçaba e Herval d’Oeste, num momento de insensatez, lançou a recém-nascida de cima da passarela no Rio do Peixe. A menina recém-nascida foi encontrada por pescadores na manhã da sexta-feira, 27 de janeiro. Marisa Hoffmann, 32 anos, foi presa no mesmo dia pelo homicídio da filha.
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