Curitibanos-Dinheiro some em Câmara de Vereadores e contabilista aparece morta
Uma CPI para ajudar a policia na investigação do caso do sumiço de valores na câmara de Curitibanos será aberta.

Uma CPI para ajudar a policia na investigação do caso do sumiço de valores na câmara de Curitibanos será aberta. Com o desvio do dinheiro do Legislativo, a conta bancária ficou zerada, cheques foram devolvidos, internet e telefones cortados. O presidente casa Osni Righes não sabe como isso aconteceu já que nos anos anteriores sempre houve sobra do dinheiro público que era devolvido à prefeitura. Ainda não se sabe a quantia desaparecida. O orçamento na câmara em 2010 foi de 1 milhão e 600 mil reais, dinheiro que não foi o suficiente para quitar as dívidas. Segundo informações do ex-presidente Valdeci Garcia (PMDB), a contadora Ana Maria Carvalho teria solicitado ao presidente, que fizesse o pedido uma suplementação de R$ 65 mil e mais R$ 22 mil de remanejamento orçamentário junto à prefeitura.
O motivo da falta de orçamento para fechar o ano, segundo Valdeci, foi explicado por Ana como um engano que ela teve no pagamento do décimo terceiro dos vereadores. Segundo a Câmara a única pessoa que tinha acesso a senha das contas bancárias, era Ana Maria de Carvalho, que depois desses problemas orçamentários foi encontrada morta dentro do carro, na frente a Câmara com uma arma na mão.A polícia abriu um inquérito para investigar o sumiço do dinheiro, e se o suposto suicídio da contadora, que trabalhava 20 anos no Legislativo tem ligação com o fato.O casoAntes de saberem que a conta estava zerada, no dia 15 de dezembro, em uma reunião da Câmara, um dos vereadores pediu para que fosse apresentado, na próxima sessão, o saldo da conta bancária da casa. Ana, que era contadora da Câmara, era a única pessoa, segundo os vereadores, que tinha acesso à senha da conta. Era ela quem emitia cheques, fazia compras, pagamentos e movimentos de dinheiro da câmara. Segundo o ex-presidente, depois desse pedido, a contadora se tornou inquieta e que, no dia seguinte, ela foi resgatada num riacho, no qual, ela relatou posteriormente à Polícia Civil, teria sido lançada por um casal, que ela não identificou. Segundo o vereador Sidnei Furlan (PT), a Câmara sempre devolveu dinheiro à prefeitura ao invés de pedir suplementação. Em 2009, por exemplo, quando ele foi presidente, do orçamento de R$ 1,25 milhão, foram devolvidos R$ 204 mil. No dia 23 de dezembro, os vereadores foram depositar os cheques dos seus salários, cerca de R$ 3,5 mil cada, mas dois vereadores e um funcionário tiveram seus cheques devolvidos pelo banco por não haver saldo na conta. Os três ficaram ser receber. Nesse mesmo dia, a contadora foi encontrada morta, dentro de seu carro, em frente à Câmara. Havia uma arma em sua mão, o que, segundo o Delegado Egídio Maciel Ferrari, responsável pelo caso, indica que o que ocorreu foi um suicídio, porém o laudo pericial ainda não foi entregue à polícia para confirmar a suspeita. As atividades da Câmara, que só retornariam no dia dois de fevereiro, já voltaram na segunda-feira (02). Os vereadores deverão abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o suposto sumiço do dinheiro e se a morte da contadora tem ligação com o fato. Além disso, na próxima semana, a Câmara deverá abrir uma licitação para contratação de uma Auditoria que vai ajudar nas investigações. O caso também será encaminhado ao Ministério Público e ao Tribunal de contas.O delegado acredita que em 30 dias o mistério será resolvido e a comunidade saberá para onde foi o dinheiro, e se a morte da contadora tem ou não a ver com o sumiço do dinheiro da conta. “Estamos aguardando um ofício da Câmara, que nos conte a história toda. Depois disso, vamos instaurar um inquérito para investigar o caso. Se precisar, vamos pedir quebra de sigilo e tudo mais”, afirmou o delegado.
Nos siga no
Google News