Defesa vai tentar pena mínima para jardineiro que matou Mariane
Defesa vai tentar pena mínima para jardineiro que matou Mariane
O advogado criminalista Álvaro Alexandre Xavier assumiu nesta semana o caso do jardineiro Vagner Fernandes do Nascimento, de 22 anos, autor confesso da morte de Mariane Telles, na época de 17 anos. Segundo o advogado, ele foi contratado por familiares do jovem e aceitou o caso principalmente pelo histórico de Vagner. “O desafio eu aceitei pelo perfil do réu, por não se tratar de nenhum cidadão que cometeu crimes durante a sua vida”, destacou.
De acordo com Xavier, neste caso a defesa entende foi um ato isolado e que, mesmo Vagner sendo réu confesso, os fatos precisam ser apurados. O advogado disse ainda que já conversou com o jardineiro e que ele teria confessado o crime, mas de forma retraída. “Nós conversamos sobre o fato ocorrido, ele me relatou muito timidamente, porque é um rapaz que foi criado no interior, o primeiro serviço dele na cidade foi esse, então ele me relatou de uma maneira muito tímida a forma como aconteceu”, disse o advogado.
O criminalista disse ainda que agora a defesa está avaliando os fatos para poder tomar as próximas medidas sobre o caso. Uma delas seria a solicitação de exames sobre a saúde do réu. “Foi um ato impensado, que nós vamos ter que apurar com mais detalhes, talvez até fazer um exame de sanidade, um desvio de conduta em um momento de estresse, isso tudo a defesa vai avaliar pra poder realmente fazer uma defesa justa, seja condenado ou não, mas que seja aplicada a lei dentro dos parâmetros legais”, apontou.
No encontro com o advogado, Vagner teria relato ainda que “ficou esperando as coisas acontecerem, mas sabia que o desfecho seria esse e segundo ele, vai pagar pelo crime cometido”. Xavier disse ainda que a defesa não vai tentar a absolvição do réu, mas sim uma pena justa para o crime. “Uma pena justa que seria baseada no tipo de homicídio, a defesa entende que não foi um crime bárbaro, houve a comoção pública, mas não foi um crime bárbaro, ninguém foi esquartejado ou algo desse nível, foi asfixia, infelizmente, mas a pena justa seria nesses parâmetros”, afirmou.
O advogado vai aguardar a conclusão do inquérito e a denúncia por parte do Ministério Público (MP), mas já adianta que pode pedir que o julgamento aconteça em outro local, principalmente pela comoção do caso. “A sociedade de Joaçaba está revoltada com essa situação, até entendemos, apesar dos jurados daqui serem jurados imparciais, mas por essa contaminação psicológica, pode ser que a defesa tente levar esse julgamento pra fora dessa comarca”, finalizou.
Nos siga no
Google News