Delegado Régis se emociona durante coletiva e destaca trabalho de investigação
Delegado Régis se emociona durante coletiva e destaca trabalho de investigação
Após dois meses de investigações a polícia apresentou o homem que confessou ter assassinado a jovem Mariane Telles, que tinha 17 anos quando desapareceu em 16 de março último. Segundo a polícia, o crime foi cometido pelo jovem Vagner Fernandes do Nascimento, de 22 anos. O rapaz trabalhava como jardineiro em uma empresa que prestava serviços para o Senai, local onde a vítima fazia estágio.
A entrevista coletiva em que o desfecho do caso foi divulgado se revestiu de forte emoção. Os pais de Mariane estiveram presentes e se emocionaram muito. Mas a emoção também foi clara nas palavras do delegado Daniel Régis, que comandou as investigações. Durante uma de suas falas ele teve que parar com a voz embargada. A emoção era pelo desfecho e pela resposta dada a sociedade e a família de Mariane, mas também quando citou o envolvendo e comprometimento da equipe da Polícia Civil.
“Foi mais do que uma resposta a sociedade, por que como servidores públicos nos devemos obrigação a comunidade, a nossa maior preocupação sempre foram os pais da Mariane. Mais do que a cobrança da comunidade, foi uma cobrança que recaia sobre nós mesmos. Desde o início das investigações eu disse que esse crime talvez não tivesse outro lugar mais propício pra que a gente pudesse descobrir do que Joaçaba. Nós dispomos de uma equipe altamente qualificada, experiente, que manteve a calma, manteve a determinação, mesmo quando fomos cobrados e eventualmente desacreditados. Então, os méritos todos a estes policiais que não pouparam nem mesmo as próprias famílias durante as madrugadas, finais de semana, pra que a gente pudesse chegar hoje e apresentar não somente a imprensa e a comunidade, mas aos pais da Mariane um desfecho aceitável deste caso. Claro que a gente não consegue trazer a Mariane de volta, uma perda irreparável, mas ao menos vamos trazer este individuo a justiça”. Declarou emocionado o delegado.
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Régis fez questão de frisar o trabalho em equipe dos policiais.
“Eu sempre digo que o delegado de polícia é um grande facilitador das equipes de investigação. E nesse caso o mérito recai sobre a equipe da DIC, com apoio de policiais do setor de investigação, de um policial da delegacia de Caçador cedido para este levantamento, de um policial deslocado do plantão para compor esta equipe, da Polícia Militar também prestando apoio nas investigações. Um trabalho em conjunto que resultou na efetiva identificação da autoria. Os pais acompanharam o trabalho desenvolvido desde o desaparecimento, então temos muito trabalho pela frente, temos a instrução do inquérito para terminar, mas já apontamos o indivíduo como pelo menos autor do delito”.
O delegado ainda deu detalhes sobre a confissão do preso. “Ele já havia prestado depoimento, mas negou. Depois de confrontado confessou. A confissão foi filmada e logo depois fui ao fórum para solicitar o pedido de prisão. Ele levava uma vida normal, como se nada tivesse acontecido. Em princípio, quando confrontado demonstrou arrependimento, mas é um indivíduo que na minha concepção é nocivo a comunidade, não só pela gravidade do crime que cometeu, mas pelas próprias circunstâncias, inclusive a ocultação do cadáver. Ao final do inquérito, além da renovação da prisão temporária se for o caso e o indiciamento pelo crime de homicídio, com pelo menos uma qualificadora, eu farei a representação pela prisão preventiva e pela manutenção dele no cárcere”.
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