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Detentos trabalham nas roçadas das rodovias catarinenses

Detentos trabalham nas roçadas das rodovias catarinenses

Éder Luiz

Éder Luiz

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O programa “Caminhos da Cidadania” implantado pelo Governo Estadual em dezembro do ano passado tem a finalidade de empregar os apenados na manutenção e limpeza das rodovias do Estado. São serviços como a limpeza de canaletas e o corte da vegetação das laterais que prejudica a visibilidade das placas, por exemplo.

O programa deve resultar em economia para o Estado com a manutenção das rodovias dando segurança às estradas. A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria da Justiça e Cidadania e a Secretaria da Infraestrura. O convênio tem duração de cinco anos, podendo ser prorrogado, e prevê que os detentos trabalhem de seis a oito horas por dia, com folgas nos domingos e feriados. Pelo trabalho, cada um deles recebe um salário mínimo por mês. Desse valor, 75% é depositado em uma conta do detento e 25% vai para um fundo rotativo da penitenciária responsável. Além disso, a cada três dias trabalhados o detento reduz um dia de pena. Todos os convênios exigem que, após o preso ganhar liberdade, ele permaneça empregado por um ano na empresa que o empregava enquanto cumpria pena. De acordo com o superintendente do Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura) de Joaçaba, Dagoberto Primo esse programa já está sendo implantado na região. ”O projeto já acontece em Videira e Caçador. Oito detentos de cada presídio vão estar fazendo os trabalhos de roçada na região”, afirma. E também será desenvolvido na região de Joaçaba. Dagoberto diz que para a realização dos trabalhos foram adquiridos equipamentos como roçadeira e uma Kombi para o transporte dos detentos. “Para que os detentos pudessem desempenhar o serviço de roçada adquirimos uma roçadeira e outros utensílios que eles irão utilizar”, explica. “Para poder fazer o transporte deles também foi comprada uma Kombi que irá leva-los até o local onde devem trabalhar e depois trazê-los de volta para o presídio. Esses trabalhos devem começar nos próximos dias em Joaçaba e Curitibanos” salienta. Dagoberto destaca que os presídios farão uma triagem para ver quais detentos tem condições de estar realizando esses trabalhos. “As administrações dos presídios farão uma seleção dos detentos que tiverem bom comportamento e cumprindo regime semiaberto. Aqueles que se encaixarem nas exigências poderão participar do programa. Além do salário e da redução de pena, os detentos também poderão aprender uma nova profissão”, enfatiza. Ainda segundo Dagoberto os trabalhos poderão demorar mais em virtude dos detentos não terem tanta habilidade com as ferramentas e o novo trabalho. “Não podemos exigir deles um serviço especializado e com a mesma agilidade que as empresas terceirizadas prestavam. Muitos deles não sabem operar uma roçadeira ou outro utensilio utilizado. Eles estarão lá para aprender também, mas temos certeza de que o programa irá trazer bons resultados”, diz. A SC 303 (ou 135) entre Capinzal e Piratuba está precisando com urgência dos serviços. O mato toma conta das margens da rodovia, as placas de sinalização estão encobertas pela capoeira e a demarcação de solo está precária. Os riscos de acidentes são eminentes. Não bastassem os muitos pontos de aclive e declive e a grande quantidade de curvas, a rodovia fica ainda mais perigosa por conta da falta de manutenção. Os motoristas que utilizam a via com frequência têm a nítida impressão que ela está abandonada pelo Governo do Estado. Pela SC 303 passam dezenas de turistas todos os dias, mas o fato parece não sensibilizar as autoridades competentes. Uma roçada ao longo do trecho seguramente evitaria muitos acidentes.


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