Don Mário comenta escolha do novo papa
O mundo conheceu nesta quarta-feira, dia 13 do mês 3 de 2013, o seu novo papa.
O mundo conheceu nesta quarta-feira, dia 13 do mês 3 de 2013, o seu novo papa. Para a maioria a escolha do argentino Jorge Mario Bergoglio, que agora se chama Francisco, foi uma grande surpresa, pois ele não era apontado como um dos favoritos ao posto mais alto da Igreja Católica. Mas fora este fato, são muitos os indicativos positivos sobre o papa que o mundo está aos pouco conhecendo. Com 76 anos, Bergoglio é o primeiro papa latino americano e também o primeiro jesuíta. Sua ascensão ao trono de São Pedro foi saudada desde o Vaticano pelo mundo à fora por sinos de igrejas e catedrais, não sendo diferente aqui na região, onde os sinos badalaram logo após ás 15h para saudar o novo papa.
A escolha do Papa Francisco foi analisada pelo Bispo Diocesano de Joaçaba, Don Mário Marquez. A expectativa e a torcida de Don Mário eram por um papa brasileiro. Mas, mesmo sendo uma grande surpresa, Don Mário acredita que seja um sinal muito positivo e comemorou o fato de pela primeira vez a América Latina ter um papa.
“Observando na imprensa a expectativa dos nomes eram para outros cardeais, por isso nos causou surpresa, por ser um nome que não estava nesta lista. Desta maneira, notamos que a escolha não depende destas indicações e expectativas. Vejo como um sinal de Deus, um sinal de que a escolha tem realmente uma inspiração divina”.
Para Don Mário, o fato de ser um papa latino também é muito significativo. “Sendo um papa latino, de uma região colonizada pelos europeus, isso mostra que o continente europeu e que os olhos do mundo se voltam para nossa região, que tem sido muito admirada por sua potencialidade, natureza e seu desenvolvimento. Isso tudo dá aos latinos um grande destaque, mas acima de tudo demonstra a grande fé de nosso povo”.
Segundo Don Mário, essa posição de destaque da América Latina na igreja já vinha se desenhando na Europa há algum tempo, sobretudo depois da visita de Bento XVI ao Brasil no ano de 2007, quando foi elaborado e entregue ao papa o documento Final da V Conferência Episcopal Latino Americano e Caribenho. Naquela oportunidade o novo papa esteve presente. No documento final do encontro, no qual representantes da Igreja enxergam a marca do novo papa, há forte mensagem evangelizadora, com um chamado aos fieis e à própria Igreja Católica. Bergoglio foi um dos redatores do documento ou, como disse o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, “a alma” daquele papel.
“Em 2007 este documento deu um novo rumo a igreja, num texto muito interessante que a Europa absorveu e se interessou. Em visita que fiz a Europa já se comentava muito sobre o documento e sua importância. Creio que à partir deste momento a América Latina passou a ser vista de outra maneira. Agora, estamos à frente de um novo olhar que o mundo tem sobre nós, mesmo que o papa não seja necessariamente do Brasil”.
Sobre o perfil deste novo papa, Don Mário acredita que é cedo para fazer qualquer colocação, até por que ele ainda é um tanto desconhecido, mas pela escolha do nome que terá de agora em diante no comando da igreja, Francisco, o bispo diocesano acredita que pode haver tempos de mudanças e reconstruções.
“Pelo nome e pelo fato de ser jesuíta, da linha de São Tomas de Aquino, acredito em transformações. São Francisco foi o grande transformador da igreja em seu tempo e até nos dias atuais, quase 800 anos depois, ainda estão presentes estas marcas. Então, acredito que este seja um dos indicativos, além da humildade, que se mostrou presente quando o papa Francisco se curvou diante da multidão que estava na praça de São Pedro. Este foi um gesto que achei muito interessante e que mostrou muita coisa sobre ele”. Concluiu.
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