Menu
Sem imagem
Geral

Educação pública estadual apresenta evolução no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

Educação pública estadual apresenta evolução no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

Éder Luiz

Éder Luiz

Sem imagem

Compartilhe:

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Educação, as escolas catarinenses evoluíram no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) 2011. Com médias acima das nacionais, as escolas da rede pública estadual apresentaram aumento no seu índice se comparados aos de 2009. No ensino fundamental, a média nacional nos anos iniciais é 5,1, enquanto em Santa Catarina é 5,7 e para os anos finais é 3,9 nacional e 4,7 no Estado. A diferença também é vista no ensino médio. No país a média é 3,4, em Santa Catarina o índice sobe para 4,0.

Segundo o secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, a evolução é resultado do importante trabalho desenvolvido nas escolas da rede estadual, porém muito ainda se tem a fazer. “Evoluímos, mas temos que melhorar os índices. Vamos trabalhar para atingir indicadores de qualidade equivalentes aos indicadores das escolas privadas e a índices de qualidade internacional. Para isso, precisamos organizar as escolas com professores competentes e motivados, diretores com instrumentos de gestão eficientes focados em metas/resultados educacionais e projetos pedagógicos baseados nas melhores práticas nacionais e internacionais”, explica Deschamps. Para a diretora de Educação Básica, Scheilla Marins, vários projetos desenvolvidos no Ensino Fundamental resultaram em processos de ensino-aprendizagem diferenciados e que, consequentemente, alçam as médias da Prova Brasil/SAEB e alavancam o índice do IDEB. A implantação do Ensino Fundamental de nove anos (EF9) com foco na aprendizagem é um deles. “O EF9 tem suas bases pedagógicas sustentadas nas habilidades de leitura, escrita e cálculo e, a partir da consolidação destas, a inserção do estudante nas diferentes áreas do conhecimento”, comenta. Tem ainda o PDE Escola; os projetos focados no ensino integral; a Olimpíada da Língua Portuguesa; e ações em prol da alfabetização, letramento e cálculo nos anos iniciais. No Ensino Médio, a nota 4 obtida pela rede estadual de educação de Santa Catarina se deve a formação continuada realizada ao longo dos últimos 10 anos, com foco no trabalho pedagógico interdisciplinar e planejamento coletivo voltado aos conteúdos; o assessoramento na implantação do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional (EMIEP); a mudança conceitual na forma de abordagem dos conteúdos curriculares, por área e de forma interdisciplinar, provocada pelo ENEM, transformando a prática pedagógica do professor; e a disponibilização de recursos didático-pedagógicos. “Outro fator importante é a elevação da titulação dos professores, sendo mais de 60% pós-graduados”, comenta Scheilla. “O próximo passo é visitar as escolas com melhor desempenho para ver o trabalho que desenvolvem e que podem servir de exemplo para outras. Também vamos às escolas que não alcançaram a meta desejada para ver o que está faltando”, finaliza o secretário Deschamps. Informações IDEB Criado em 2007 com objetivo de medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino, o IDEB é calculado com base no desempenho do estudante em avaliação, como o Prova Brasil, e em taxas de aprovação. Desta forma, para que o índice de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente a sala de aula. O índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos. Em muitas escolas catarinenses esse índice já foi superado. A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) são avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Tem o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários socioeconômicos. Nos testes aplicados no quinto ano e na oitava série do ensino fundamental, de forma censitária, e na terceira série do ensino médio, por amostragem, os estudantes respondem a questões de língua portuguesa e matemática. No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem informações sobre fatores de contexto que podem estar associados ao desempenho. Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de condições de trabalho.


Compartilhe: