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Especial – Alcoolismo uma luta sem fim!

Nesta semana o Éder Luiz.

Éder Luiz

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Nesta semana o Éder Luiz. Com apresenta reportagens sobre a luta dos dependentes do álcool e também sobre o trabalho desenvolvido pelos Alcoólicos Anônimos (AA) em Herval d´Oeste, que existe há 24 anos.

O alcoolismo é uma doença que se manifesta em todas as camadas sociais, religiosas, faixas etárias e sexos. Em todas as classes provoca destruição e se não for tratado a tempo reverter seus males é quase impossível. Mas quando saber a hora de procurar ajuda, ou reconhecer que se está doente? Um dos casos que encontramos no AA de Herval d´Oeste nos trouxe algumas respostas e revelações sobre o quanto é difícil esta tarefa, ainda mais para a mulher, que sofre preconceitos ainda maiores na família e na sociedade. Por força da regra do anonimato da irmandade não revelaremos o nome de nossa entrevistada, mas ela conta que começou a beber aos 16 anos. Na família o histórico de alcoólatras era grande, desde a mãe até os irmãos, todos bebiam. Ela relata que não era sempre que ingeria bebida alcoólica, mas a cada vez a quantidade ia aumentando. “Geralmente quando eu tinha algum problema eu bebida, era uma espécie de fuga”. Conta, sem perceber na época que esta era uma armadilha. “Eu bebia apenas quando queria não me via como dependente, e nem minha família me via assim. Meu filho era pequeno na época e então para ele não me ver bêbada eu comecei a beber escondida. Eu já conhecia o AA, mas não me considerava alcoólatra, afinal ninguém sabe se tem a doença, ou não, mas para isso basta começar, depois tudo vem de forma progressiva”. Sem admitir a doença ela tentava ajudar os familiares, que já estavam em um estágio mais avançado da doença. “Procurei o AA para levar a minha mãe, que tinha sérios problemas com o alcoolismo. Recebíamos visitas de membros da irmandade e nestes encontros foi plantada uma semente. Quando passei a beber mais e ter o que chamo de apagões, quando bebia e não lembrava de nada do que tinha feito no dia seguinte, a coisa começou a piorar. Mesmo assim as pessoas diziam que eu não era alcoólatra, por que eu não ia aos bares, não bebia sempre. Mas eu sabia o que isso estava me afetando”. Ela revela que geralmente as mulheres bebem em casa, longe de ambientes em que isto costuma acontecer normalmente, por isso não se identifica tão fácil o alcoolismo no sexo feminino pelos que convivem com a pessoa. Quando as coisas começaram a piorar dentro de casa, ela teve do filho, que não queria que a mãe morresse, o último e definitivo apelo para que fosse procurar ajuda. “Um dia meu filho, que tinha 12 anos, chegou para mim e disse – mãe, eu estou cansado e vou te fazer um último pedido, deixa eu ser somente seu filho, por que eu não quero mais ser seu pai e sua mãe”. Depois do pedido do filho ela procurou a ajuda do AA e admitiu que era alcoólatra. Passados 14 anos de sobriedade, a mulher diz que ainda sofre com os preconceitos, mas que a força que o marido e a família lhe dão faz com que a luta contra o álcool seja uma batalha vencida a cada dia. A experiência que passou e que ainda passa é contada para todos nos encontros de AA. Para que aqueles que procuram ajuda conheçam através de depoimentos como este as dificuldades para se livrar da dependência, mas também da vida nova que se revela quando as correntes são rompidas. As reuniões do grupo dos Alcoólicos Anônimos de Herval d´Oeste, abertas para todos, acontecem todas as segundas e sextas-feiras, das 20h ás 21h30. O local dos encontros é o antigo posto de puericultura, ao lado do pavilhão Sr. Bom Jesus. Para saber mais sobre o AA acesse: www.alcoolicosanonimos.org.br/


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