Estiagem coloca Herval em situação de emergência
Devido ao problema com a estiagem o município de Herval d´Oeste decretou situação de emergência na manhã desta sexta-feira, 30.

Devido ao problema com a estiagem o município de Herval d´Oeste decretou situação de emergência na manhã desta sexta-feira, 30.
Reunida no gabinete do prefeito Nelson Guindani e após analisar os números relativos aos prejuízos nos municípios, a Comissão Municipal de Defesa Civil, formada por vários órgãos do município, decidiu de forma unânime pela medida. “Diante desta situação que assola o município não vemos outra solução no momento a não ser este decreto. Todas as vezes que se decretou situação de emergência nós tivemos resultados positivos, com auxílios dos governos estadual e federal, que vieram das mais variadas formas. Esta é uma maneira que temos de buscar mais alternativas e recursos para os nossos produtores de uma forma mais ágil”. Declarou o prefeito Nelson Guindani. Segundo os dados levantados pela secretaria municipal de agricultura de Herval e pela Epagri, a alfafa teve perdas de 20%, o trigo de 40 a 60% e no caso da uva algumas propriedades perderam 100% de produção. As comunidades que mais sofrem com a falta de água são aquelas onde não existem poços artesianos suficientes para abastecer as famílias e a produção, suínos, aves e bovinos. Em Sede Sarandi, Rancho Queimado e Capoeirada, já não há mais água para abastecer aviários e chiqueirões. “Temos pedidos destas comunidades para que a prefeitura forneça água com caminhões pipa, mas nossos equipamentos são poucos e temos dificuldades”. Explicou o secretário municipal de Agricultura Carlos Alberti. Com a decretação da situação de emergência um pedido será feito para que o Estado forneça caminhões pipa. O representante da Epagri no município, Itamar Terêncio da Silva, informou que a estiagem vem acumulando prejuízos ao longo deste ano, onde houve pouca precipitação de modo geral. “ As perdas vem ao longo de 2012. Tivemos uma estiagem em fevereiro e depois um inverno sem muita chuva, por fim houve geada fora do tempo. Tudo isso contribuiu para quem os prejuízos fossem grandes”. Uma das áreas que também sofre é a bovinocultura de leite. O pasto não resistiu a estiagem e os produtores tiveram que investir muito em outras alternativas para alimentar o gado. As estradas do município também ficaram muito deterioradas com o tempo seco. Um quadro generalizado que levou a situação de emergência. A expectativa é de que a partir de agora medidas que ajudem a diminuir os estragos sejam agilizadas, mas para um quadro que se repete todos os anos é preciso planejamento, segundo Itamar Terêncio da Silva. Uma ideia que começa a ganhar força quando se fala em estiagem. “Temos que criar um grupo para discutir o que vem acontecendo nos últimos anos com relação a estiagem, quais famílias e comunidades sofrem mais e buscar medidas de longo prazo”.
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