Festa corintiana
O tão sonhado título da Libertadores da América virou realidade para o Corinthians.

O tão sonhado título da Libertadores da América virou realidade para o Corinthians. O grito de campeão entalado na garganta foi finalmente solto após a vitória por 2 x 0 sobre o Boca Júniors.
Antes mesmo do árbitro apitar o final da partida os corintianos e até mesmo torcedores de outros clubes tomaram conta da Avenida XV de Novembro em Joaçaba. Não faltou carreata, hino do clube, bandeiras e até mesmo o tão conhecido refrão " aqui tem um bando de loucos, loucos por ti Corinthians". A festa foi para extravasar o título e acordar até mesmo quem não queria nem saber da comemoração. O grande número de torcedores se concentrou em frente ao Bradesco e gerou até mesmo congestionamento na avenida XV, devido ao grande número de pessoas na pista. Mas ninguém reclamou, já que a festa apesar da algazarra foi muito tranquila. A Polícia militar observou tudo, mas não precisou agir. Veja mais fotos na galeria: www.ederluiz.com/arquivos_internos/index.php?abrir=galerias Corinthians faz história e conquista sua primeira Libertadores Nada de camisa e tradição, o Corinthians do técnico Tite ignorou o currículo do Boca Juniors e aplicou 2 a 0 para fazer história nesta quarta-feira. Emerson Sheik foi o grande herói da conquista, marcando os dois gols que garantiram a primeira Copa Libertadores da América dos 107 anos de história do Timão. O Corinthians abriu o placar aos 8 minutos do segundo tempo, com Emerson Sheik. Alex cobrou falta cometida por Riquelme na intermediária, Castán ajeitou o rebote para Emerson Sheik, que fulminou para as redes. Para definir o placar, um erro a zaga do Boca auxiliou os paulistas. Aí, o centroavante mostrou todo seu oportunismo. Invadiu a área com a bola, o zagueiro não conseguiu acompanhar e ele cutucou no canto esquerdo, sem chances para o goleiro. Além da cobiçada vaga para o Mundial de Clubes da Fifa, que será disputado em dezembro, no Japão, o título da Libertadores garantiu o fim do fantasma que perseguia o Corinthians na competição continental. Foram necessárias dez participações no torneio para que o clube finalmente chegasse à decisão e, com a vitória diante do Boca, à primeira conquista, de forma invicta e inapelável. O jogo Com três minutos, antes de qualquer chance de gol, a primeira confusão. Chicão e Mouche se enroscaram, o árbitro deu falta para o Corinthians, mas os dois levaram cartão amarelo. Nervosismo não faltou. Ambos os times erravam passes e, com isso, chegavam pouco ao gol. A primeira chance foi corintiana, aos 11, quando Alex chutou de longe, rasteiro, fraco, mas Orión só conseguiu segurar depois de dar rebote para o meio da área. Seria a única defesa dele no jogo. Aos 16, Emerson invadiu a área tocando por baixo das pernas de Caruzzo, mas Samoza chegou e fez o corte. Na sequência, o volante e o goleiro se chocaram. Apesar das dores no joelho, Orión ficou mais 14 minutos em campo, até pedir substituição e deixar o gramado chorando. Até aí, o Boca conseguia equilibrar o jogo. Com o reserva Sosa (goleiro titular do Peñarol no vice-campeonato de 2011), os argentinos recuaram a marcação que antes começava no campo de ataque e deixaram o Corinthians dominar o jogo. Ainda que Sosa mostrasse insegurança, foi só mais um chute a gol: de Alex, aos 39, para fácil intervenção do goleiro. O segundo tempo começou cheio de bolas paradas levantadas na área. O Boca teve três chances em quatro minutos. O Corinthians, duas seguidas. E aproveitou, numa falta de Riquelme sobre Danilo na lateral direita do ataque alvinegro. O cronômetro marcava oito minutos quando Alex levantou na área, Jorge Henrique desviou e Danilo deu o toque de genialidade. De calcanhar, passou para Emerson. A zaga, que ia em direção ao meia, deixando o atacante livre, na cara de Sosa, para matar no peito e fuzilar a bola para o fundo das redes. O Boca, já com o atacante Cvitanich no lugar do volante Ledesma, partiu para o ataque. Mas levou 18 minutos para criar uma chance real de gol. Riquelme levantou na área, Mouche cabeceou e Cássio fez bonita defesa - a única dele no jogo. No lance seguinte, o segundo gol. Schiavi, 39 anos, dois títulos de Libertadores no currículo, deu passe bobo nos pés de Emerson. O atacante partiu em velocidade, entrou na área sozinho e bateu no canto esquerdo baixo de Sosa. Era o gol do título, aos 27 minutos do segundo tempo. Aí já não tinha mais jogo. Cheio de moral, Emerson peitou Caruzzo, pediu tapa na cara, brincou que estava com medo, mordeu o dedo do rival e se tornou ainda mais o personagem do título. Já havia sido dele o passe decisivo para o gol de Romarinho, o que empatou em 1 a 1 o jogo da Bombonera, quarta-feira passada. O atacante, tricampeão brasileiro, acabou a Libertadores como artilheiro corintiano, com cinco gols, um a mais que Danilo, outra estrela da conquista.
Nos siga no
Google News