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Única árvore em tamanho grande é da época do estádio.
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Foi vendida uma imagem do parque e no projeto atual é outra, afirma secretário de infraestrutura

Foi vendida uma imagem do parque e no projeto atual é outra, afirma secretário de infraestrutura

Éder Luiz

Éder Luiz

Única árvore em tamanho grande é da época do estádio.

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A grande obra para o lazer dos joaçabenses, idealizada pelo ex-prefeito Rafael Laske, se transformou agora em uma herança para a administração do prefeito Dioclesio Ragnini. Entregue inacabado pela ex-administração, o parque é alvo de dúvidas e críticas por parte da população.

Para se entender o motivo de tanta desconfiança e desgaste, basta relembrar que no local existiam o estádio municipal Oscar Rodrigues da Nova, o Ginásio Ivo Silveira e o Tiro de Guerra, três patrimônios do município, sendo que o ginásio e o estádio desapareceram para sempre, já o Tiro de Guerra foi transferido para novas instalações no bairro Clara Adélia. A promessa de um novo ginásio também ainda não foi cumprida, pois as obras seguem no bairro Santa Tereza, porém, o imóvel tem restrições por parte da comunidade, por estar muito distante do centro e pelas dimensões. Quanto ao estádio, a ideia da ex-administração era destinar parte da estrutura das arquibancadas para o campo do Frei Bruno, próximo ao Rio do Peixe, no bairro de mesmo nome. Mas quem for até o local vê as estruturas abandonadas em um terreno ao lado do Cemitério Frei Edgar. Herança indigesta Com tantas questões mal resolvidas a atual administração recebeu uma herança indigesta. As obras do parque seguem em sua segunda etapa e já é possível ver a estrutura com piso em paver, pista de caminhada e edificações, como a cancha de bocha e espaço administrativo. Porém, falta muito a fazer. A previsão inicial era de que seriam investidos aproximadamente R$ 6 milhões na construção do parque, a maior parte, com recursos próprios do município. Mas a ex-administração fez ajustes e cortes, reduzindo o valor orçado inicialmente. Com estes ajustes, a administração que recém assumiu está analisando o projeto. Segundo o Secretário de Infraestrutura, Obras, Agricultura e Meio Ambiente de Joaçaba, Vilson Sartori, mesmo não sendo um projeto do atual prefeito, não serão feitas qualquer alterações na terceira etapa. "O projeto será executado da mesma forma que recebemos da administração anterior. Inclusive a ex-administração já fez a supressão na segunda etapa de algumas coisas que constavam no projeto original, mas nós não vamos suprimir mais nada. Até por que, foi vendida uma imagem do parque e no projeto atual é outra. Nós temos que lançar a terceira etapa para terminar, inclusive se você passar no parque verá que ele está praticamente montado, só falta terminarmos". Revelou Sartori. A terceira etapa citada pelo secretário compreende todo o acabamento das quadras, iluminação, irrigação, paisagismo, drenagem de bocas de lobo, repavimentação da rua lateral ao Rio do Tigre, entre outros aspectos para que possa ser entregue. Mas ao menos um dos trabalhos concluídos terá que ser refeito. "Temos que retirar toda a grama por que a que foi colocada lá é de péssima qualidade. E a empresa que está executando irá refazer algumas outras coisas que pedimos". Com relação ao valor de R$ 1 milhão e 600 mil, orçado para a terceira e última etapa, o secretário explicou que ele não foi deixado em caixa e sim em previsão. A quantia terá que ser retirada da área de infraestrutura, ou seja, de alguma outra obra que poderia ser feita. Porém, não é necessário que todo esse valor seja destinado neste ano, já que não existe um prazo para conclusão do parque. Parque sem sombra Embora o parque tenha muitas árvores, todas elas são recém plantadas. Para quem visita o local em dias quentes, a sensação de calor é sufocante. Mesmo que o parque leve mais que um ano para ficar pronto, as árvores ainda não vão oferecer a sombra necessária. O que chama a atenção é que a ex-administração anunciou que seriam colocadas árvores já em tamanho grande no parque, fato explicado especialmente durante a campanha eleitoral pelo candidato da situação na época. Com a mesma preocupação de quem visita o local, o secretário Sartori adianta que a situação das árvores será analisada. "Vamos olhar novamente toda esta parte de paisagismo. O que faremos é olhar dado a dado do projeto. Quanto a promessa das árvores grandes hoje é algo inviável, até por que, não se pode entrar lá com máquinas grandes por que o piso colocado não permite. Caso isso conste no projeto podemos até solicitar a empresa responsável um ressarcimento desses valores, mas temos que analisar se isso constava realmente". O setor de comunicação da prefeitura deverá divulgar ainda nesta semana um balanço das obras do parque, de forma detalhada. "Queremos ser honestos com a população é mostrar de forma clara o que está acontecendo. Essa é a nossa intenção, trabalhar sempre com transparência". Encerrou o secretário. Contraponto Após a publicação da reportagem da reportagem o ex -secretário de administração do município,  Felipe Bordin, se manifestou no grupo do Portal Éder Luiz no WhatsApp. Bom dia Éder...Acabei de ler a matéria sobre o parque e tenho duas ponderações para fazer. Primeira, acho interessante que em algum momento fosse abordada a situação do ginásio Ivo Silveira e do Estádio na época das demolições e mudança de estrutura, eis que ambos locais estavam interditados no ano de 2009, essas informações são fáceis de se obter, caso o amigo ache pertinente. Segundo ponto, a matéria não está correta quando menciona que será necessário modificar o orçamento global da infraestrutura do Município para término do parque, no orçamento 2017 existe uma ação específica para conclusão da obra, com o valor de R$ 1.600.000,00 ali devidamente alocado. Não será necessário deixar de realizar nenhuma obra prevista por razão da conclusão da obra. No mais, parabéns pela matéria e forte abraço Confira imagens do parque  


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