Grife de joaçabense é exemplo de empreendedorismo
Em seus perfis nas redes sociais a meta é ousada, “Rumo à 100 lojas.
Em seus perfis nas redes sociais a meta é ousada, “Rumo à 100 lojas…” escreve o joaçabense Marcos Brollo, que atualmente reside em Balneário Camboriú, em um dos seus perfis com a foto da fachada de sua primeira loja da sua grife de roupas Luis XV, que a cada dia ganha ainda mais admiradores, clientes e principalmente valor de mercado. Determinado e sempre usando como máxima uma rede de contatos eficiente, o sonho de Marcos começou a se desenhar no ano de 2008, quando junto com outros sócios decidiram criar uma marca de roupa que fosse atrativa para todos. “Percebi que o relacionamento entre pessoas influentes e formadores de opinião funcionava muito bem para obter o desejo pela marca e estabeleci isso como meta. Muito mais que o relacionamento, tentei descobrir o que essas pessoas buscavam nas roupas que usavam e procurei traduzir isso através das minhas peças” revela Brollo.
O início não foi fácil. O capital necessário para iniciar um sonho ousado não era simples de se conseguir. Nos primeiros anos, os desenhos eram realizados de madrugada ou nos horários vagos dos trabalhos que tinha para se manter longe da família. Quando se encontrava com os amigos, Marcos sempre levava uma peça para presentear. Aos poucos a coroa dourada, símbolo maior da marca começou a cair no gosto de muitas pessoas, entre elas celebridades, como Marco Luque, Paulo Henrique Ganso e Neymar entre outros.
A ousadia, elegância e principalmente determinação de Marcos, fez com que a Luis XV crescesse rapidamente e chamasse a atenção de grandes investidores, que acreditam no sonho desse Joaçabense, que ao lado da sua esposa Grasiele Wrzesinski, trabalha diariamente para criar um conceito diferenciado no ramo da moda. Nessa semana nos dias 6,7 e 8, a comunidade de Joaçaba, poderá conhecer um pouco mais da marca, através de um outlet que acontecerá nos Spazzio Brollo.
Confira abaixo a entrevista.
De onde surgiu a ideia de criar uma marca de roupa?
Como fiz faculdade de Design de produto, sempre quis fazer algo que pudesse vender no mundo todo, e começamos pela moda. O Sonho continua com muitos outros produtos, mas vamos uma coisa de cada vez.
A moda é um mercado bem competitivo, como foi o início? Quais foram as principais dificuldades?
As dificuldades no início são imensas, as incertezas, o capital para investimento, a qualidade. Tudo no começo é difícil e mesmo assim todos os dias é um aprendizado. Todos os dias mesmo, mas o empresário, empreendedor neste país precisar ter sangue frio e ir até o fim e pra mim, o fim é muitas, mas muitas lojas neste mundão, mesmo que pra isso tenha que trabalhar muitos anos. Sempre uso o exemplo da marca Dudalina, que fez o que fez em 56 anos. Quero chegar aos 40 anos como eles, portanto tenho muitos para isso, é arregaçar as mangas e continuar em frente.
Você vem de uma família empreendedora, qual foi o papel dela nesse processo?
Foi e é o principal da minha formação como pessoa, tenho exemplos dentro de casa desde os cinco anos, quando atendia as mesas em nosso restaurante e não era diversão, era trabalho mesmo, enquanto meus amigos iam brincar final do dia, tínhamos que ajudar a puxar as cadeiras do restaurante para atender os clientes. E assim foi a vida inteira, foi vendendo laranja na época de faculdade, servindo mesa em um importante bar em Balneário Camboriú, enfim, mas isso só faz crescer ainda mais, meus irmãos também fazem parte disso, Marcelo veio do carrinho de cachorro quente e o Mauricio hoje toca uma empresa que com certeza tem muito a crescer. Só aprendo com eles.
Hoje o mercado de vestuário está muito seletivo. O consumidor brasileiro tem acesso a grandes marcas nacionais e importadas. Como criar um diferencial e buscar esse cliente cada vez mais exigente?
O maior desafio é este, fazer o cliente desejar o produto, fazer com que mais e mais pessoas influentes usem a marca para fazer uma rede maior ainda de desejo. Tudo ajuda na hora da venda, Preço, qualidade, design e uma linda loja.
Você é jovem e já tem uma marca que vem crescendo a cada dia. Que dica você dá para aqueles jovens como você que tem o sonho de abrir seu próprio negócio?
A maior dica é a humildade, a persistência e a sorte, até acho que a terceira é mais importante, até ontem eu estava vendendo lanche nas ruas de Joaçaba ou até servindo mesas, hoje me vejo sentando com os maiores empresários do Brasil, grandes personalidades do País e cada vez mais é comum isso em minha vida. Já pensei em desistir várias vezes mas olhando para o futuro, ele me reserva uma vida gloriosa. Fruto este de muito trabalho, sorte, persistência e humildade.
Qual é a importância da rede de contatos no processo de consolidação de uma empresa ou marca?
Isto sim é tudo, contatos, relacionamento, amigos, o nome que quiser chamar, eu chamo de irmãos. Tenho algumas pessoas que muitos tentam, tentam e não conseguem nem chegar perto e pela graça de Deus, tenho eles como meus irmãos. Empresários, cantores, jogadores, enfim uma rede de pessoas espalhados nesse mundão, onde vamos hoje, sempre tem alguém que podemos ligar para jantar ou se confraternizar e isto tudo acho que é pela educação que meus pais me deram. Nos negócios é fundamental, pois o mundo dos negócios é muito pequeno, são sempre as mesmas pessoas, e hoje tenho privilégio de conhecer e muitas delas intimamente e chamar de amigos irmãos, pois isso tudo ajuda na hora de fazer mais e mais contatos.
Fonte: Paulo Afonso Silva – Especial
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