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Hervalense divulga sua luta contra a hepatite

Hervalense divulga sua luta contra a hepatite

Éder Luiz

Éder Luiz

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O morador de Herval d´Oeste Alexandre Kangerski, está divulgando uma campanha de muita importância e também de um grande significado para ele. Alexandre é portador de hepatite tipo C, uma doença viral do fígado causada por um vírus. A hepatite C exige cuidados, devido à inexistência de vacina e limitações do tratamento. Como luta contra a doença ele decidiu divulgar informações a comunidade sobre o problema e está participando voluntariamente da campanha Nacional das Hepatites, que iniciou no último dia 19 e vai até 26 de maio.

Alexandre quer sensibilizar a comunidade sobre o problema que vive desde 2001. “Estou me dedicando por que em 2001 sofri um grave acidente de carro e foi submetido a uma transfusão de sangue, quando me contaminei. Após o ocorrido começaram as modificações em meu organismo e em 2003 descobri que tinha sido “contemplado com o vírus”. Contou ele por e-mail. Após o diagnóstico Alexandre conta que começou a lutar contra a doença. “Em 2011 minha doença entrou em evolução, que poderia seguir para cirrose, câncer e a morte. Como existe tratamento, com a possibilidade de cura entre 50 a 70%, decidi iniciar. Hoje estou quase chegando ao final com êxito, consegui eliminar o vírus”. Mesmo estando próximo de vencer a doença, Alexandre conta que a luta não é fácil. “Para aderir ao tratamento é um pouco burocrático, e em alguns casos tem que se fazer pedido judicial, isso tudo porque o tratamento é caro e somente fornecido pelo SUS. Existem apenas duas drogas eficazes neste tratamento, uma fabricada na Suíça e a outra fabricada no Brasil”. Mas o tratamento também trouxe outras complicações para Alexandre. “Em fase de tratamento existe uma série de efeitos colaterais, que variam de paciente para paciente, um dos efeitos mais graves é a depressão. Entrei em depressão e sofri muito. O acompanhamento médico e apoio da família são fundamentais para o sucesso”. Mesmo com as dificuldades Alexandre não desistiu e agora quer que a sociedade se engaje na luta contra a doença, que segundo ele “é um assassino silencioso, pois a maioria não tem sintomas e nem suspeita da doença”. Saiba mais O que são hepatites Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite. A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses. As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.


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