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Incêndio Criminoso

Incêndio Criminoso

Éder Luiz

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Depois de quase oito meses, através de Laudo Pericial (LP) a Polícia Civil chegou à conclusão de que o incêndio que aconteceu em sete veículos localizados no pátio da Secretaria de Obras da Prefeitura de Joaçaba foi intencional. Segundo o documento de 13 páginas conseguido com exclusividade pela reportagem do Jornal Diário do Vale e que foi assinado pelo perito criminal Alexandre Kazuo Tobouti, “os veículos apresentavam-se destruídos pelo fogo e os vestígios analisados, permitem concluir que houve incêndio intencional”.

A ocorrência aconteceu na manhã do dia 21 de novembro de 2012, dentro do pátio da Secretaria de Obras da Prefeitura de Joaçaba, localizado no bairro Vila Remor. Sete veículos, de vários que se encontravam no local, foram incendiados. As chamas atingiram uma Brasília ano 79, um Fusca 85, um Kadett Ipanema 94, uma Elba Weekend 96, um Santana 89, um Kadett Ipanema 94 e um caminhão basculante ano 83. Na oportunidade, funcionários que estavam trabalhando no local afirmaram não terem visto de que forma o fogo começou, apenas que viram as chamas e a fumaça e que posteriormente avisaram o Corpo de Bombeiros que deslocou duas equipes para atender a ocorrência, além da Polícia Militar (PM). Os bombeiros utilizaram cerca de seis mil litros de água para conter as chamas. A equipe de perícias criminalística do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Joaçaba esteve fazendo levantamento no local somente sete dias após o fato, ou seja, recebeu comunicado via ofício nº 1026/2012/ES, assinado pelo delegado de Polícia Civil Maurício Pretto no dia 28 de novembro de 2012. Diante do tempo percorrido entre a data da ocorrência e o comunicado ao IGP, o perito Tobouti salientou que “o local não foi preservado”, mesmo assim, confirmou que “havia vestígio de utilização de material combustível para deflagração do incêndio, corroborando para a hipótese de incêndio intencional”. O perito criminal confirmou no laudo que “havia vestígio de ação direta de chama sobre as chapas metálicas das carrocerias dos veículos, sendo que em alguns deles, as tampas dos compartimentos dos motores estavam abertas quando da chegada dos peritos. O chamuscamento na porção interna da tampa sugere que ela estava aberta antes do incêndio e a coloração acima da chapa corta fogo, sugere que ali também foi depositado material combustível”. No dia 24 de julho do ano passado, cerca de quatro meses antes do incêndio, o Ministério Público (MP) da Comarca de Joaçaba, através do promotor Jorge Eduardo Hoffmann, começou a realizar um trabalho de investigação quanto ao abandono de algumas máquinas da prefeitura em três oficinas da cidade. Na oportunidade, o promotor disse que o trabalho estava sendo realizado depois do recebimento de uma denúncia enviada ao MP, e que alguns graves problemas foram constatados nas visitas realizadas nestas oficinas e no parque de máquinas, dentre eles, o sucateamento dos veículos e a falta de peças.


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