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Inquérito sobre criança jogada no rio está em andamento

Continua presa na penitenciária de Chapecó a mulher que jogou a filha recém nascida nas águas do Rio do Peixe em Joaçaba.

Éder Luiz

Éder Luiz

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Continua presa na penitenciária de Chapecó a mulher que jogou a filha recém nascida nas águas do Rio do Peixe em Joaçaba. O corpo foi encontrado no dia 27 de janeiro. Marisa Hoffmann, 32 anos, foi transferida após ter sido agredida pelas colegas de cela em Joaçaba.

A Polícia Civil segue as investigações sobre o crime e espera a conclusão do laudo psiquiátrico feito com Marisa na semana passada, para saber que tipo de enquadramento será dado ao crime. Segundo o delegado Maurício Pretto, são duas as possibilidades, se o laudo apontar que ela estava sob a influência do estado puerperal, que ocorre logo depois de uma gravidez e ocasiona depressão, Marisa responderá por infanticídio, com pena que varia de 2 a 6 anos. Se o laudo apontar o contrário ela responderá então por homicídio doloso, com pena que varia de 12 a 30 anos de prisão. O delegado afirmou que uma simples depressão pós-parto não configura o estado puerperal. “Ela teria que estar muito abalada, com um transtorno muito forte para ter feito o que fez. Se for uma simples depressão não acredito que se configure como estado puerperal. Mas dependemos do laudo do psiquiatra para chegar a qualquer conclusão”. Disse. A polícia já realizou o trabalho de reconhecimento com as pessoas que viram Marisa jogando o bebê no rio. Ela foi reconhecida pelas testemunhas. O médico que realizou o parto da criança também foi ouvido e segundo delegado teria afirmado que tudo ocorreu de forma tranqüila, assim como a equipe de enfermagem que atuou no parto, que aconteceu no Hospital universitário Santa Terezinha. O delegado informou que as roupas que a criança estava vestida foram apanhadas por Marisa no hospital, elas viriam de doações da comunidade. Sobre quem seria o pai da criança, o delegado afirma que Marisa declarou em seu depoimento que teria mantido relações com o homem apenas uma vez, após um baile, e depois disso não o teria visto mais. “Ela disse que só sabe que ele é do Rio Grande do sul, teria sido uma relação apenas”. O inquérito tem o prazo de 30 dias para ser concluído e enviado ao poder judiciário. Se o quadro de estado puerperal for confirmado Marisa poderá, dependendo da decisão do juiz, responder o processo em liberdade.


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