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Integrantes do MAB invadem usina em Abdon

Integrantes do MAB invadem usina em Abdon

Éder Luiz

Éder Luiz

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Aproximadamente 500 pessoas invadiram o canteiros de obras da Usina Hidrelétrica Garibaldi, em Abdon Batista, na madrugada desta terça-feira, 13. A cobrança de direitos dos atingidos e o apoio a funcionários da obra, que protestaram por melhores salários e condições de trabalho, são apresentados pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) como motivações para a ação.

A assessoria do MAB afirma que até agora a empresa se nega a avançar nas negociações com as famílias que sofrem o impacto da implatação da barragem. "Há mais de um ano os atingidos por barragens da região vem reivindicando seus direitos e em muitos casos, as famílias sequer são reconhecidas como impactadas pela barragem", descreve uma nota elaborada pelo movimento. A invasão do canteiro de obras também integra a jornada nacional de lutas do MAB que, nesta quarta-feira (14), lembra o Dia Internacional de Lutas contra as Barragens. Dois incidentes em menos de uma semana Na quinta-feira passada (08), dois alojamentos e a lavanderia que ficam junto ao canteiro de obras foram incendiados. A suspeita é que o fogo tenha sido provocado por funcionários insatisfeitos com questões salariais. Centenas de funcionários passaram por exames médicos e com malas prontas, embarcaram em ônibus que deviam levá-los para suas cidades de origem. A assessoria de imprensa da empresa negou demissões e disse que os funcionários passaram por avaliação médica para verificar se não sofreram danos por causa do incêndio. Sobre as bagagens, a assessoria declarou que funcionários foram apenas dispensados até a reconstrução dos alojamentos. Na data, o escritório da empresa na área central de Abdon Batista foi apedrejado. Há informação confirmada por funcionária da empresa de que durante esta madrugada manifestantes tentaram incendiar o local. Empresa se manifesta A assessoria de imprensa da Rio Canoas S.A., em Florianópolis, só se pronunciou em relação ao problema, que iniciou na madrugada, no início da tarde desta terça-feira. Em nota, a empresa observa que a ocupação foi seguida de destruição e depredação na área da usina. A Rio Canoas lembra que a ação do MAB desrespeita o Interdito Proibitório (ação judicial que visa repelir algum tipo de ameaça à posse de determinado possuidor) existente desde novembro do ano passado. Leia a nota na íntegra 'A Rio Canoas Energia S.A., empresa responsável pela implantação da Usina Hidrelétrica Garibaldi, informa que na madrugada do dia 13 de março, houve a ocupação, seguida de depredação e destruição de parte do canteiro de obras da usina, no município de Abdon Batista/SC, em flagrante desrespeito à Lei, e em desobediência à ordem judicial de Interdito Proibitório já existente. A depredação de patrimônio da União e de patrimônio privado é ato criminoso, e desta forma deverá ser tratado. A empresa informa que atua de forma transparente, seguindo uma agenda de conversas com comunidades, população atingida e poder público, desde agosto de 2010, no ambiente do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual. O processo de aquisição das áreas atingidas segue o cronograma pré-estabelecido, amplamente divulgado para a população local. A Rio Canoas Energia reafirma o compromisso de indenizar ou realocar a população atingida em tempo hábil, e nenhuma família será prejudicada no processo. Todas as providências para a retomada dos trabalhos no canteiro de obras estão sendo tomadas de formas a se levantar o prejuízo e identificar os responsáveis por este ato de vandalismo criminoso. Esclarece ainda ser absolutamente mentirosa a afirmação postada pelo MAB em seu site de que houve a participação dos funcionários envolvidos na construção da obra no crime perpetrado."


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