Jovem que autorizou doação de órgãos do marido fala sobre gesto de solidariedade
Jovem que autorizou doação de órgãos do marido fala sobre gesto de solidariedade
Há menos de um mês Jussara Aparecida Petrovick perdeu o marido Giancarlos Petrovick, de 27 anos, depois de um acidente de moto na cidade de Caçador. O caso aconteceu no dia 19 de abril e o jovem foi socorrido em estado grave. Depois de ser encaminhado ao hospital do município foi transferido para Videira, onde ficou internado na UTI, mas na quinta-feira (23) infelizmente teve morte cerebral.
Jussara recebeu a notícia e mesmo bastante abalada tomou uma decisão importante: doar os órgãos do marido. “Eu decidi na hora, a médica falou que ele era saudável, que não tinha nada de errado, foi ai que eu decidi. A irmã dele tava junto, ela também apoiou. A gente nunca falou sobre isso, mas é uma coisa muito importante, pra ele não ia mais fazer falta, mas pra alguém estava fazendo”, contou.
A partir da decisão, o Hospital Divino Salvador mobilizou três equipes médicas de Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba para realizar a captação do coração, pulmões, pâncreas, fígado e rins. Para Jussara, que convivia com Giancarlos há 10 anos, a perda não está sendo fácil, mas o que a conforta é saber que ele ajudou outras pessoas. “A gente não tem nem como falar qual é essa dor porque é tanto tempo junto, só que uma parte eu fico feliz porque alguém tá feliz. Saber que ele, que era uma pessoa muito boa em vida, conseguiu fazer o bem até na hora da morte”, relatou bastante emocionada.
O coração de Giancarlos seguiu para Curitiba, já os pulmões para Porto Alegre e os outros órgãos foram encaminhados a Florianópolis. Agora o sonho de Jussara é poder encontrar alguém que foi salvo graças ao marido. “A minha esperança é um dia poder se deparar com essas pessoas, encontrar eles. Acredito que pra mim vai fazer bem, porque não está sendo fácil a perda dele. É uma dor que não tem explicação”, falou.
Mas o desejo da jovem ainda vai além, ela quer também conscientizar outras pessoas sobre a importância desta decisão. “É um gesto que faz a diferença, é uma decisão difícil, porque você tem que decidir na hora da dor, na hora que você recebe a notícia que perdeu aquela pessoa, mas mesmo assim acho que é uma coisa que todo mundo deveria fazer”, finalizou.
Nos siga no
Google News