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Junior Piovesan é condenado à 14 anos
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Junior Piovesan é condenado à 14 anos

Junior Piovesan é condenado à 14 anos

Éder Luiz

Éder Luiz

Junior Piovesan é condenado à 14 anos

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Junior Piovesan foi condenado à 14 anos de prisão pelo homicídio de Cátia Bessegato, morta a facadas no apartamento onde morava no bairro Cruzeiro do Sul em Joaçaba no ano de 2010. A sentença foi anunciada pelo juiz Luciano Fernandes por volta das 19h50 desta segunda-feira, 16, após a votação dos jurados sacramentar por maioria a tese de homicídio qualificado apresentada pelo Ministério Público. A maioria dos jurados reconheceu Junior o autor do crime.

Junior Piovesan poderá recorrer da decisão em liberdade. Ainda em plenário o advogado Éder Bunchen, que defende Júnior, entrou com recurso contra a decisão e tentará junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina anular o júri. "Temos agora que entender que essa foi uma decisão dos jurados, mas que tiveram uma influência externa, com toda a certeza. E nós iremos apresentar isso, os motivos nas razões do recurso de apelação, demonstrando que houve imparcialidade do julgamento e automaticamente a decisão foi totalmente contrária a prova dos autos". Comentou o advogado Éber Bunchen.

A sessão do Tribunal do Júri começou por volta das 9h desta segunda-feira. Mesmo com a acusação não tendo provas materiais e nem testemunhas de que Piovesan foi mesmo o autor, os argumentos foram o suficiente para convencer os jurados. "Eu procurei me concentrar somente na prova dos autos, que era bem clara e confirmava que efetivamente o Junior cometeu esse homicídio. Foi por isso que eu pedi a condenação, senão teria pedido. Se houvesse alguma dúvida, se eu achasse que ele deveria ter sido absolvido eu teria feito isso. A pena ficou dentro daquilo que era possível com o que foi apresentado em plenário". Disse o promotor público Elias Albino de Medeiros Sobrinho.

Relembre o crime

O crime teve grande repercussão em Joaçaba. Cátia Bessegato, na época com 23 anos foi encontrada morta no apartamento onde morava. O crime aconteceu no dia 24 de abril de 2010, na rua Ângelo Scarpeta, bairro Cruzeiro do Sul, em Joaçaba. O corpo apresentava quatro perfurações causadas por golpes de faca. A jovem estava sozinha em casa no momento em que o fato aconteceu. Ela morava com o namorado, Junior Piovesan, que segundo testemunhas estava em uma festa na hora do crime.

Um andarilho, que foi visto nas proximidades do prédio, chegou ser preso sob a suspeita de ter cometido o crime, mas foi liberado poucos dias depois por falta de provas. As suspeitas então recaíram sobre o namorado. Junior Piovesan foi então apontado pela polícia como o principal suspeito do crime. A Polícia Civil apurou na época que Junior teria manuseado a faca usada para matar Cátia, logo após ter encontrado o corpo. O fato teria sido presenciado por uma testemunha. Após as investigações ele foi preso na casa dos pais, em São João da Urtiga, Rio Grande do Sul, e ficou detido por dois meses, mas teve a prisão temporária revogada a pedido do Ministério Público, já que novas investigações foram solicitadas. O jovem permanecia em liberdade desde então.

O Ministério Público também ofereceu denúncia contra o pai do suspeito por coação de testemunhas, Júnior também responde pelo crime. Ambos teriam forçado testemunhas a mudarem algumas versões diante da autoridade policial.

Cátia Bessegato cursava enfermagem na Unoesc em Joaçaba. Ela e Junior estavam há pouco tempo morando em Joaçaba.


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