Júri condena homem que matou a ex-mulher em Herval d´Oeste
Júri condena homem que matou a ex-mulher em Herval d´Oeste
Notícia atualizada às 20h05
Começou por volta das 13h desta terça-feira, 23, no plenário da câmara de vereadores de Herval d´Oeste, o juri de Jocimar Felipe da Silva, 26 anos, acusado de matar por esganadura a ex-mulher Joice Eliane da Silva Chaves, na época com 28 anos, e forjar o suicídio dela. Seis jurados, entre eles apenas uma mulher, foram os responsáveis por analisar as provas e argumentos da acusação e da defesa. Por volta das 19h50 a sentença foi divulgada e o réu condenado á 15 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado inicialmente.
Jocimar estava em liberdade aguardando o julgamento, mas como descumpriu a ordem de não se aproximar do filho que teve com a vítima acabou sendo preso recentemente.
Atuou na acusação a promotora Rafaela Denise da Silveira, auxiliada pelo advogado Daniel Meira. O advogado de defesa é Leocir Antônio Carneiro. O Juiz foi Tiago Fachin.
O plenário esteve lotado e familiares de Joice e de Jocimar acompanham o júri. A família dela colocou uma faixa em frente ao local da seção, onde se lê em uma das frases "você não fala, mas a justiça falará por você". Durante as explanações foram muitos os momentos de emoção, especialmente quando a defesa falou sobre a relação do réu e do filho, menor de idade, e sobre quando a acusação mostrou como Joice foi morta. Não foram permitidas imagens do réu.
Relembre
O crime com requintes de crueldade foi desvendado pela Polícia Civil após o caso ser tratado como suicídio. Joice Eliane da Silva Chaves, foi morta, segundo a polícia, pelo ex-marido, Jocimar Felipe da Silva, 26 anos, com quem tinha um filho. O crime aconteceu na tarde do dia 08 de novembro de 2013, em Herval d´Oeste, na rua São Paulo, bairro Vila Rica. A mulher foi encontrada caída ao lado da cama com uma corda de varal amarrada no pescoço. A primeira hipótese era de suicídio, após Jocimar encontra-la e informar a Polícia Militar. “A gente começou a averiguar a casa vazia, após a vítima ser levada pelo IML. Num primeiro momento vimos que a corda estava cortada por uma faca ou outro instrumento, isso levantou uma suspeita. Após isso o perito do IGP repassou que não havia marcas características de suicido por enforcamento, já que não havia sulcos no pescoço e o nó da corda não tinha essas características e havia uma marca no pescoço que parecia ser de mão, sinais de esganadura. Na delegacia, com a participação da DIC de Joaçaba, ouvimos o depoimento e ele começou a cair em contradição. Ele falou que havia emaças dela contra o filho no celular, que falava que ia se matar, mas não comprovamos isso. Os vizinhos falaram que ele ficou um tempo na casa após encontrar ela morta, isso levantou suspeitas. Depois de mostrarmos as evidencias ele não soube explicar como a corda estava cortada Perguntamos para ele se ele não se arrependia e ele confessou”. Detalhou na época o delegado Bruno Boaventura, responsável pelas investigações. Diante das evidências a polícia então chegou a conclusão de que a vítima foi morta sem chances de reagir. “Ele teve o cuidado de tirar o filho da casa antes de cometer o fato. Quando voltou eles discutiram. Ela havia saído do banho. Eles bateram boca e ele atacou ela, sem dar chances dela reagir. Os vizinhos falaram que não ouviram nem gritos. Depois de matar ela, ele entrou em surto paranoico e tentou encobrir o crime. Ele foi até uma laje na casa, onde estavam estas cordas de varal, cortou elas e depois disso tentou forjar o suicídio”. Explicou o delegado.
Nos siga no
Google News