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Laudo conclui que vereador de Chapecó foi assassinado

Laudo conclui que vereador de Chapecó foi assassinado

Éder Luiz

Éder Luiz

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Em uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (07), os advogados da família de Marcelino Chiarello, apresentaram o relatório conclusivo da Universidade de São Paulo (USP) sobre a morte do então vereador. O laudo aponta que o vereador foi morto e não que ele tenha cometido suicídio.

A coletiva foi realizada na residência da viúva, Dione Chiarello, no bairro Santo Antônio, que estava acompanhada dos advogados Nilton e Sérgio Martins de Quadros. Dione falou que quer justiça e que houve uma série de equívocos na cena do crime, que podem ter dificultado o resultado dos laudos. "Não sei se foi estratégia, se foi proposital ou má formação, mas isso precisa ser apurado".

Conforme relatado pelos advogados, o documento apresentado não é um quarto laudo e sim um parecer final científico, onde constam, em suas 94 páginas, todos os estudos realizados até o momento sobre o caso e feito por uma das instituições mais respeitadas do país. "Através deste parecer fica comprovado que a causa da morte de Marcelino Chiarello foi homicídio e ninguém mais poderá por em dúvida a materialidade. Resta agora buscar a autoria deste crime, porque de acordo com o médico legista Daniel Munõz, o crime foi cometido por duas ou três pessoas, o que foi levantado através do porte físico de Chiarello ", disse o advogado Sérgio Martins de Quadros.

O advogado enfatiza que os peritos de Chapecó deixaram passar detalhes da cena do crime como mancha de sangue, que não era de Chiarello, em uma grade, um arrastão no piso e um fato que chama a atenção é sobre a forma como o corpo foi encontrado pendurado. "Se fosse suicídio ele não estaria com a mão para cima, porque ficou comprovado clinicamente que isso seria impossível. A lesão no crânio só poderia ter sido feita enquanto ele estava vivo, não há como ele ter batido na grade. Além disso, a forma das manchas de sangue no rosto também só podem ter sido ocasionadas com o corpo deitado e não pendurado", ressalta Martins de Quadros.

O documento feito pela USP é assinado pelo médico legista Daniel Munõz. Além dele, outros cinco profissionais atuaram na confecção do laudo, como doutores em física, neurologia, além dos peritos em Medicina Legal da própria USP. O grupo veio a Chapecó no mês de julho, foi até a residência onde o corpo foi encontrado e refez o cenário no momento da morte de Chiarello.

O advogado Nilton Martins de Quadros disse que processo já não corre mais em segredo de justiça porque a família entrou com um processo pedindo que o processo fosse público. Segundo ele, o parecer feito pela USP foi entregue na segunda-feira (05) ao Ministério Público, junto com o inquérito instaurado para investigar a causa da morte, que conta com mais de 2.390 páginas.

Nesta quinta-feira (08) será realizada uma nova entrevista coletiva para apresentar a conclusão do parecer técnico realizado pela USP. A coletiva será às 16 horas, no Sindicato dos Servidores Públicos Municipais. A médica e ex-vereadora Ângela Vitória e o advogado Alcidez Hertz, que acompanharam os trabalhos dos peritos, farão o detalhamento dos resultados do estudo.


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