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Lua oculta Júpiter na noite de Natal

Nesta noite do dia 25 de dezembro, a Lua ocultou Júpiter por quase uma hora, às 20h40.

Éder Luiz

Éder Luiz

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Nesta noite do dia 25 de dezembro, a Lua ocultou Júpiter por quase uma hora, às 20h40 . Quem olhou para a Lua cheia viu um ponto brilhante a seu lado: Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar. Já ao amanhecer, é possível observar o alinhamento de Mercúrio, Saturno e Vênus, que iluminam o céu antes do nascer do Sol.

Júpiter pode ser visto no nascente (lado onde nasce o Sol), desde novembro, e ao anoitecer aparece próximo à estrela Aldebaran (uma gigante vermelha) da constelação do Touro. Como é um dos astros mais brilhantes do céu noturno, Júpiter é visto facilmente a olho nu ao lado da Lua. Durante a ocultação, que só foi vista na América do Sul e no sul da África, a Lua passa em frente ao planeta, encobrindo-o completamente. "A Lua 'caminha' no céu em direção a Júpiter, como consequência de sua translação em torno da Terra, até ocultá-lo, passando em sua frente. Dependendo do local na Terra, esse fenômeno poderá durar mais de uma hora. Será bem instigante vê-lo reaparecer no bordo iluminado da Lua", explica Jair Barroso, do Observatório Nacional. Segundo Barroso, os astrônomos profissionais podem aproveitar a ocultação para conhecer melhor as posições dos astros no espaço. "O movimento e a forma (perfil) do nosso satélite natural são muito bem conhecidos hoje em dia e podem, então, ser usados como referência para obter as posições com elevada precisão de outros astros numa ocultação". Alinhamento triplo de planetas O astrônomo João Batista Garcia Canalle, coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia Astronáutica (OBA), lembra também que, além de Júpiter, outros três planetas vêm enfeitando o céu. "Desde o fim de novembro, Mercúrio, Saturno e Vênus surgem das 4h às 5h30 da manhã, no lado nascente", diz. "Saturno é o primeiro a aparecer. Em seguida, Vênus, conhecido também como a Estrela d’Alva, começa a se destacar. E, por fim, surge Mercúrio, quase no raiar do Sol. Convém lembrar que para ver bem esses planetas é preciso ter um horizonte livre de edifícios e morros no nascente de madrugada", esclarece Canalle.


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