A demolição do ginásio de esportes Ivo Silveira e do estádio Oscar Rodrigues da Nova na área onde estavam localizados, no bairro Cruzeiro do Sul em Joaçaba, tem sido motivo de muitas polêmicas e controvérsias. A prefeitura irá construir no local um parque municipal, que segundo a administração, ficará pronto até o final do próximo ano. Após vários comentários e opiniões da comunidade resolvemos ouvir o prefeito Rafael Laske, que sempre se manteve calmo e sereno em suas declarações sobre o assunto. Mas desta vez o tom foi outro.
Mamão resolveu defender a obra de forma mais veemente e culpou a administração do ex-prefeito Armindo Haro Neto pelo abandono do complexo que abrigava o estádio e o ginásio. Laske ainda disse que não prometeu manter o estádio de pé ate que outro espaço ficasse a disposição para os treinos das equipes de futebol. Segundo ele, o que teria dito é que o campo permaneceria intacto, mas não a estrutura de arquibancadas e vestiários. Nesta semana o JAC anunciou que aproximadamente 120 atletas das categorias de base não treinarão mais no Da Nova por conta do risco que as obras estão trazendo. O sobre a situação o prefeito disse que faltou diálogo.
“O campo não foi mexido, o que se mexeu foram as arquibancadas. Nós temos a consciência que ninguém vai deixar de jogar futebol, uma alternativa é o Frei Bruno, que tem todo nosso apoio, nós já investimos naquele estádio, mas é questão de conversar. Ninguém me procurou pra falar do treino de futebol. Falta conversa, se alguém precisa nós vamos resolver. Então as pessoas que jogam lá tem que me procurar. Na segunda eu estarei com o reitor da Unoesc pra discutir outra alternativa que é o campo da universidade”.
Laske, em tom de desabafo pelas críticas que vem sofrendo, culpou a administração anterior pelo estado em que chegaram o estádio e o ginásio.
“Infelizmente tem muitas pessoas que puxam pra trás, mas isso jamais vai me abalar, as críticas que vou sofrer em função de pessoas que querem marcar negativamente uma obra que vai beneficiar a todos. Continuaremos ajudando o futebol, como sempre ajudamos. Eu lembro em 2009, quando assumi a administração, aquele estádio estava interditado e todos lembram disso. O prefeito Armindo deixou interditado também o ginásio. Resolvemos o problema do estádio com a ajuda do Betinho Wesoloveski, que era o responsável pelo setor de esporte. Então nós pegamos as duas estruturas interditadas. Quantas vezes participei dos jogos do Joaçaba, mas recebi do prefeito Armindo Haro o estádio e o ginásio interditados. Então, como prefeito, tenho que tomar uma decisão, ou faz uma coisa melhor ou então deixa de ser prefeito”.
Sobre o futuro do futebol de Joaçaba, em um ano que o Joaçaba Atlético Clube (JAC) anunciou que voltaria a disputar competições oficiais, o prefeito afirma que haverá uma solução com a transferência de parte das arquibancadas do Da Nova para outro local.
“O parque já começou pela retirada do ginásio e das arquibancadas, mas não estamos mexendo no campo. Isso tudo tem um cronograma de recursos e de trabalho e temos que limpar a área para que as obras do parque iniciem. Temos a questão do Tiro de Guerra, que também vai ter que sair de lá. Vamos definir se a arquibancada removível será levada para o Frei Bruno ou para a Unoesc, já que fizemos um estudo pra saber se valia a pena retirar ou implodir e a resposta foi que podemos retirar. Iremos levar para um dos destes locais. Se as equipes ficarem um mês sem jogar isso não vai afetar a vida de ninguém. Quantos anos o Silveirão ficou sem ninguém utilizar e isso não mudou absolutamente a vida de ninguém, apenas as pessoas passavam e olhavam aquele ginásio cada vez caindo mais. E a gente tem que ter responsabilidade, se alguém não teve no passado o problema é de quem não teve”.
Por fim, o prefeito polemizou e disse que a atual diretoria do JAC está fazendo política encima do esporte.
“A política funciona assim, por que infelizmente tem político que faz política encima de críticas, o que é a questão do ginásio. Os que não fizeram nada hoje estão criticando. Eu tenho uma responsabilidade de mais três anos de governo e até o final de 2015 tenho o compromisso de entregar esse parque para a população de Joaçaba. Quero estar na torcida junto com o Joaçaba, seja com a escolinha, seja quem for, para que o futebol de campo cresça como o futsal cresceu. Agora, precisa alguém que trabalhe sério. Futebol não é política, futebol é futebol e não podemos misturar política com futebol. Eu não misturo, eu sou prefeito, não sou jogador de futebol. Eu sou presidente de um time e sou candidato a deputado? É muito fácil fazer política encima do esporte. Isso não se pode admitir”.
O projeto do parque terá o investimento de aproximadamente R$ 6 milhões. Está previsto pelos técnicos a construção no local de quatro quadras esportivas, academia de terceira idade, campo de bocha coberto, quadras de basquete de rua, pista de skate, concha acústica, bulevar, parques infantis, pista de caminhada e ciclovia contornando toda a extensão do parque.
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