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Médicos suspenderão atendimento a planos de saúde em outubro

O movimento nacional das entidades médicas de suspensão a planos de saúde também será realizado em Santa Catarina.

Éder Luiz

Éder Luiz

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O movimento nacional das entidades médicas de suspensão a planos de saúde também será realizado em Santa Catarina. Entre os dias 15 e 19 de outubro, o Conselho Superior das Entidades Médicas (COSEMESC) orienta os médicos a suspenderem e/ou transferirem as consultas, procedimentos e exames dos planos de saúde que não mantém acordo de remuneração conforme a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) vigente e plena. Serão mantidos somente os atendimentos de urgência e emergência e os tratamentos que não podem ser interrompidos.

“No mais estamos orientando os médicos que fechem suas agendas como forma de protesto às operadoras que desde dezembro do ano passado não negociam com as entidades médicas e forçam os médicos a cobrarem consultas e procedimentos de pacientes que têm planos de saúde, fazendo com que estes pacientes tenham que buscar o ressarcimento junto às operadoras. É um desrespeito com os profissionais e com quem paga os planos”, alerta o presidente do Sindicato dos Médicos, Cyro Soncini. Cyro lembra que as Cooperativas Médicas (Unimed) e o SC Saúde têm acordo com o COSEMESC. “A negociação com o SC Saúde foi acompanhada por todos por meio da imprensa e hoje, após ajustes, aguardamos para que até o final de 2014 o plano cumpra o prometido de adotar a CBHPM vigente e plena”, lembra. As operadoras que não têm acordo com as entidades médicas em Santa Catarina são: Agemed, planos de saúde regionais e todos os planos do grupo Unidas - Assefaz, Brasil Foods, Capesesp, Cassi, Celos, Conab, Correios Saúde, Eletrosul, Elos Saúde, Embratel, Fassincra, Funservir, Geap, Petrobrás, Proasa, Pró-Saúde Alesc, Saúde Caixa, Sesef, Tractebel Energia. Abraço à Saúde O Abraço à Saúde catarinense é uma das atividades da Semana do Médico organizada pelo COSEMESC. O evento será realizado no dia 16 de outubro, às 10h30, na emergência do hospital infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis. “O governo anuncia um pacote de obras para a saúde. Ótimo. Mas quem irá trabalhar nessas unidades de saúde quando elas ficarem prontas? Em junho o Sindicato dos Médicos e parceiros estiveram no infantil e realizamos o primeiro Abraço à Saúde para chamar a atenção para a falta de recursos humanos. O que aconteceu de lá para cá? Muito pouco. O hospital infantil segue com leitos fechados, houve nova e grave denúncia no Instituto de Cardiologia. A população e os profissionais da saúde não podem conviver em risco de atendimento nas emergências, com cirurgias suspensas e nem com a espera por consultas com especialistas. A carência de profissionais de saúde significa dor, cansaço, estresse e desesperança para nós que queremos atender e para nossos pacientes”, avalia o presidente do SIMESC, Cyro Soncini. De acordo com Cyro, em julho, o governador Raimundo Colombo informou ao Sindicato durante reunião que uma auditoria estava sendo realizada nas unidades de saúde para saber a real necessidade de contratação de pessoal. “Não sabemos o resultado da auditoria. Sabemos que as escalas de trabalho continuam com problemas, que os profissionais estão sobrecarregados, que a população está angustiada, que temos um concurso público vigente e que o chamamento desses aprovados é demorado. É preciso agilidade e não apenas somente boa vontade para resolver essa situação”, conclui.


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