Menina que foi violentada pode ter morte cerebral
Menina que foi violentada pode ter morte cerebral

O estado de saúde da menina que foi vítima de violência e abuso sexual no município de Campos Novos e que está internada em Joaçaba é muito grave. A equipe médica que acompanha o caso não descarta até mesmo a morte cerebral da paciente, de 15 anos. Nesta quinta-feira, 03, o médico Rafael RothBarth falou a imprensa sobre a situação.
A vítima está internada na Unidade de Terapia intensiva (UTI), do Hospital Universitário Santa Terezinha, para onde foi levada depois que foi transferida do hospital de Campos Novos. A menina chegou em estado de choque, quadro que se caracteriza por uma queda grande da pressão arterial, o que causa danos em órgãos como pulmões, rins e no cérebro. Segundo o médico, ela apresentava traumatismos pelo corpo, no abdômen, tórax, braços, pernas e no rosto. “Ela teve uma contusão pulmonar grave, o que comprometeu o cérebro e piorou se estado”. Disse ele, explicando ainda a situação atual da paciente. “No momento ela está em estado muito grave, ainda em choque, com deficiência renal e com o pulmão prejudicado. O estado é crítico e de muito risco”. A equipe médica abriu o que é chamado na medicina de “Protocolo de Morte”, que é a medida tomada nos casos em que a morte cerebral está para ser confirmada. “Estão sendo feitas as medidas, um protocolo que é seguido para avaliar a morte cerebral. Está medida está sendo realizada para avaliar se a paciente está, ou não com morte encefálica. Acredito que a chance é grande”. Finalizou o Dr. Rafael. Conselho Tutelar se manifesta A conselheira tutelar de Campos Novos, Leila Delavi, afirmou ao jornal Diário do Iguaçú que o Conselho Tutelar fez uma visita quando a menina esteve internada no município. “Ela estava com vários ferimentos, o nariz aparentava estar fraturado e quem estava cuidando da adolescente era à irmã mais velha, que afirmou que o comportamento do pai era agressivo e às vezes violento”, ressalta a conselheira. A família possui mais dois filhos, um de 11 e um de 9 anos, a justiça retirou à guarda dos dois filhos menores, até que os fatos sejam esclarecidos. Segundo informações do delegado que cuida do caso, Kleverson Willian Parmezan, as investigações sobre o caso iniciaram a mais ou menos dez dias. “Solicitamos imediatamente um exame de conjunção carnal, para ver se a vítima havia sido abusada sexualmente, a resposta foi positiva. Houve abuso até mesmo anal”, ressaltou o delegado. As suspeitas sobre o autor da violência, ainda não foi apurada, porém recai sobre os familiares próximos. “O pai nega os fatos. A menina falou que os hematomas são de um tombo que ela caiu enquanto carregava lenha, mas o pai conta outra história,” argumenta o delegado.
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