Motoristas bêbados poderão ter os nomes divulgados
Motoristas bêbados poderão ter os nomes divulgados
Tramita na Assembléia Legislativa de Santa Catarina um projeto que daria publicidade aos nomes dos motoristas que fossem pegos dirigindo bêbados. Atualmente não é legal publicar os nomes dos envolvidos neste tipo de crime. Os veículos de comunicação que divulgarem estão sujeitos a processos na justiça e ao pagamento de danos morais, o que acontece também em vários outros casos em que envolvidos em crime não podem ter os nomes divulgados até que os processos que estão envolvidos sejam julgados.
O projeto é do deputado Ismael dos Santos (PSD), que apresentou ao parlamento catarinense ainda em 2013 a medida que estabelece a publicidade do nome dos motoristas flagrados dirigindo alcoolizados. A lista dos “motoristas fichas sujas” deverá estar acessível pela internet e ser publicada no diário oficial.
O parlamentar ressaltou diante da constatação da recorrência da prática potencialmente criminosa de associar álcool e direção que o estado precisa implementar constantemente políticas públicas que colaborem na diminuição da quantidade de infratores.
Em 2013 a Assembleia Legislativa publicou estudo, coordenado pelo parlamentar, que apresentou a realidade catarinense sobre a combinação álcool e direção, os dados que mostraram que mais de 12 mil condutores foram flagrados alcoolizados, revela também que pouco mais de 3 mil tiveram instaurados os processos de cassação da CNH.
Para o parlamentar, “tornar pública a identidade dos motoristas que incorrem nessa prática criminosa é mais do que pertinente, é uma questão de respeito aos catarinenses que são diariamente expostos ao risco de se somar as estatísticas negativas do transito brasileiro”.
O deputado lembra ainda que após flagrado pela autoridade policial – normalmente após causar um acidente, pois as blitz ainda não são tão frequentes, até pela falta de bafômetros – o motorista recupera a CNH sete dias após e continua dirigindo até a conclusão do processo.
Hoje a sociedade não tem acesso a essas informações, não pode acompanhar a tramitação de toda burocracia nem mesmo fiscalizar a devida ação do poder público. O PL 205/13 está em apreciação nas comissões legislativas.
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