MP conclui denúncia de mãe que jogou criança no rio
MP conclui denúncia de mãe que jogou criança no rio

O Ministério Público de Joaçaba (MP), através do promotor Protásio Campos Neto, concluiu e enviou ao juizado criminal a denúncia contra Marisa Hoffmann, que jogou a filha recém-nascida no Rio do Peixe, causando a morte da menina.
O promotor denunciou Marisa por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, mediante asfixia e por usar meio que impediu a defesa da vítima. A denúncia foi assim descrita pelo promotor. Segundo testemunhas, a denunciada escondeu a gravidez de seus familiares, vizinhos e amigos, temendo ser censurada por eles, principalmente porque a concepção resultou de um encontro casual entre ré e o pai da criança. Além disso, escondeu a gravidez por não ser casada, não ter relacionamento estável, não ter emprego fixo, já ter dois filhos de outras relações relâmpagos e viver na casa dos pais. Por tudo isso é que Marisa, desde que soube estar grávida, tencionou dar um fim ao filho que estava por vir, de forma que ninguém ficasse sabendo de sua existência, como acabou fazendo. Assim é que a ré agiu por motivo torpe, ou seja, motivo baixo, vil e que repugnou a sociedade, fato que qualifica o delito. Também restou evidenciado que a ré atirou o bebê de apenas um dia de vida, de uma altura considerável (de cima da passarela), nas águas do Rio do Peixe. Por óbvio tinha ciência que a vítima não conseguiria nadar ou boiar e, por isso, teria um fim trágico, depois de se debater por algum tempo, agonizar e, finalmente, morrer asfixiada por afogamento. Assim sendo, por ter causado a morte da infante por asfixia, a denunciada utilizou um meio cruel para matar a filha, fato que também qualifica o delito. Por fim, atirando a criança recém nascida, que não tinha a mínima noção de defesa, nas águas de um rio navegável, extenso e bastante profundo, a ré tornou impossível a defesa da pequenina vítima, outro fato que qualifica o delito. Marisa Hoffmann está detida atualmente no presídio de Caçador. A defesa se baseia num laudo pericial que confirmou que ela estava sobe efeito de depressão pós-parto, fato que classificaria o crime como infanticídio, com pena mais branda do que o homicídio. Mas existe um outro laudo que diz exatamente o contrário e que baseou a denúncia do MP. Caberá agora ao juiz criminal da comarca, que já recebeu a denúncia, citar a ré para apresentar defesa. O crime No dia 27 de janeiro o corpo da menina recém-nascida foi encontrado boiando nas águas do Rio do Peixe por um casal de pescadores. A polícia chegou até a mãe após levantamento de informações de que a Polícia Militar foi acionada por um casal que havia visto uma mulher jogar “algo suspeito” da passarela para o Rio do Peixe. Segundo o que foi apurado nas investigações, Marisa estava grávida e escondia a gravidez dos pais. Para realizar o parto, internou-se no Hospital Universitário Santa Terezinha de Joaçaba no final de semana. No caminho até a rodoviária de Joaçaba, ao passar pela passarela Atílio Pagnonceli, lançou a recém-nascida de na águas. Marisa foi identificada e localizada na casa dos pais, no interior de Ibicaré.
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