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MP denúncia ex-funcionários da Coperio

MP denúncia ex-funcionários da Coperio

Éder Luiz

Éder Luiz

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O Ministério Público de Joaçaba (MP), através do promotor Protásio Campos Neto, indiciou dois ex-funcionários da Coperio, hoje Coperdia, por estelionato. Os indiciados são um ex-gerente de suinocultura e o ex-vice presidente da cooperativa. Ambos vão responder por crimes contra o patrimônio da cooperativa.

No ano passado o MP já havia denunciado com base no inquérito policial a ex-gerente financeira da Coperio. A denúncia é por apropriação indébita qualificada, baseada num rombo apontado por uma auditora interna. O promotor explicou em entrevista a Rádio Nova Líder, de Herval d´Oeste, que foram feitos dois procedimentos pela polícia e ambos foram analisados para se chegar as denúncias. Ele relatou que tipo de fraudes foram apuradas. “Não houve somente o desvio de valores, mas ocorriam desvios de porcos, chamados de matrizes, de linhagem, que eram vendidos como descartes, por valores menores. Havia também o caso da ração, comprada a preços irrisórios e depois vendida a própria Coperio por valores maiores. Para se chegar ao tamanho do prejuízo seria necessária uma perícia contábil muito detalhada. Neste momento é impossível apontar de quanto foi o rombo”. Disse o promotor. Protásio Campos Neto comentou também sobre a possibilidade de condenação neste tipo de crime. “Com relação a estes casos existem testemunhas que podem ser importantes na fase judicial. Temos uma boa prova feita pela polícia durante o inquérito, o que nos dá boas chances de conseguir a condenação dos acusados”. Embora não existam números oficiais, o rombo na Coperio pode ser superior a R$ 1,5 milhão. Os desvios, segundo o inquérito da polícia, teriam se acumulado ao longo dos anos. O promotor afirma que algo tão grande não poderia ter passado despercebido pela presidência, o que pode ter acontecido, mas que para o MP levanta dúvidas. “No caso do presidente ele pode ter se omitido, mas o inquérito não tem provas e nem elementos de que ele tenha participado. É obvio que tendo em vista os valores dos desvios fica difícil acreditar que ele não sabia de nada. Mas pode sim ser um mau gerenciamento. O presidente não está completamente isento de culpa. Se na fase judicial se constatar que ele participou pode ser denunciado. E não só ele, mas qualquer outro funcionário”. O advogado da Coperio, José Frâncio, também concedeu entrevista e comentou sobre a decisão do Ministério Público. Frâncio disse que mesmo que o MP não tenha acatado todos os delitos apresentados pela acusação, ainda assim a decisão pelas denúncias foi correta. Ele falou ainda sobre a possibilidade de envolvimento de mais pessoas da direção da cooperativa, o que descartou completamente. “ Eu tenho convicção absoluta que da parte do presidente não houve qualquer dolo, ma fé ou negligência. Ele usou de uma confiança que provocou um desvio de conduta de outras partes”. O processo está nas mãos do juiz para que os acusados sejam citados e apresentem defesa, depois haverá a instrução e por fim o julgamento.


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