Mulher de homem encontrado morto desabafa em entrevista
Mulher de homem encontrado morto desabafa em entrevista

A esposa do homem que foi encontrado morto no último final de semana e que havia confessado que manteve relações sexuais com uma adolescente de 13 anos no bairro Santa Tereza em Joaçaba, falou a imprensa sobre o fato. Em entrevista concedida a Rádio Nova Líder, de Herval d´Oeste, Lorena Aparecida da Silva, desabafou e culpou a pressão da sociedade pelo suicídio do marido, que se enforcou enquanto visitava a casa do pai no Rio Grande do Sul.
“A cidade julgou ele como se fosse um monstro, um bandido. O ato não foi a força, a menina aceitou. Ele ficou muito nervoso, entrou em depressão, tinha vergonha de tudo”. O homem estava respondendo o processo em liberdade, pois em depoimento confirmou que manteve relações com a menina, mas que não teria sido a força. “Hoje saiu uma liminar dizendo que ele ia ficar solto, só que ele não esperou. Eu estou muito abalada. Eu fiquei a favor dele e sempre vou ficar. Em nenhum minuto fiquei contra ele”. Disse e reforçou Lorena. “A cidade me crucificou por ter ficado do lado dele. Eu fiquei e ficaria sempre”. A esposa falou também sobre o medo que o marido tinha de ser preso. “Ele ficou com medo de ter que ir para a cadeia, de lá matarem ele, fazerem o que fazem e se matou”. O homem teria deixado uma carta que ainda não foi entregue a família, onde justificaria o suicídio. A esposa diz que a atitude foi inesperada. “A gente notava que ele não estava normal, mas em nenhum momento falou que ia se matar”. O homem era pai de dois filhos, um deles uma menina de apenas um ano de idade. Segundo Lorena, era um bom pai e por isso ela teria ficado ao seu lado todo o tempo. “Não tenho o que falar dele, era uma pessoa muito boa, muito honesta. Inclusive esta mulher que acusou ele, mãe da menina, devia muito a ele. Ele ajudou muito aquela família”. Finalizando a entrevista ela revelou toda a mágoa que sente por parte da família da menina que foi abusada. “Estou muito triste pelo que aconteceu, mas esta família eu não perdôo nunca mais”. O caso O caso de estupro foi investigado pelo delegado Davyd de Oliveira Girardi, da comarca de Joaçaba. Segundo o delegado, o homem não negou em momento algum em depoimentos que realmente manteve relação com a menina, mas afirmou que não houve violência para que o ato acontecesse. Ele alegou que não sabia que a menina tinha 13 anos, acreditava que ela fosse maior. A companheira do homem confirmou que encontrou ambos nus e que foi ela mesma que levou a menor até em casa e relatou o caso a família. O delegado disse que a mulher teria se entendido com o companheiro e perdoado o fato. Por ter se apresentado a polícia e prestado o depoimento o homem não foi preso. Na época o delegado explicou que o crime de estupro de vulnerável foi confirmado. O que disse a mãe da menina abusada Na época a mãe da menina abusada concedeu entrevistas. Ela revelou que o homem que cometeu o ato era da família e que mesmo assim denunciou o caso a polícia. Ela alegou que não se arrependia de ter levado o caso a autoridade competente. Segundo a mãe, pela proximidade das famílias era comum que a menina dormisse na casa do homem. Ela contou que a esposa dele foi quem contou sobre o fato quando foi levar a menina em casa. Depois do fato a família do homem tentou contato para saber se a denuncia seria feita, mas a mulher diz que não quer mais conversa.
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