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Mulheres supostamente mantidas em cárcere privado
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Mulheres supostamente mantidas em cárcere privado

Mulheres supostamente mantidas em cárcere privado

Éder Luiz

Éder Luiz

Mulheres supostamente mantidas em cárcere privado

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Uma ação das policias civil e militar de Herval d´Oeste libertou um número não confirmado de mulheres que supostamente estariam sendo mantidas em cárcere privado por uma pessoa que as obrigava a se prostituirem. A ação aconteceu na madrugada desta segunda-feira, 24, na travessa Cidade de Jales, no bairro Vila Rica. As versões para o fato são contraditórias entre o que foi repassado pela PM e pela Polícia Civil.

Segundo a PM, por volta das 20h30 da noite do domingo, uma das vítimas entrou em contato por telefone com o 190 e informou que ela e outras duas pessoas estariam sendo mantidas presas por um homem. A pessoa que telefonou para a polícia disse que por ser de fora não poderia descrever ao certo o local onde estavam, mas que ouviu alguém falar em rua São Paulo. Com base nestas informações a PM investigou e descobriu o local do suposto cárcere.

As vítimas estavam em um porão, de onde foram retiradas pelos policiais civis e militares. Segundo relataram, seriam do Paraná, da região do município de Pinhão e foram trazidas para trabalhar em um restaurante, mas chegando em Herval foram presas na casa e obrigadas a fazer programas no local e em uma boate. A Polícia Civil, diz que as vítimas não estavam no porão e sim na parte de cima da casa e que seria apenas uma mulher.

As supostas vítimas foram levadas à delegacia de Herval para prestar depoimento. A adolescente foi encaminhada ao Conselho Tutelar. O suspeito de ter trazido a adolescente e as mulheres ainda não foi localizado.

O delegado Antônio Lucas, responsável pelas investigações do caso, não quis gravar entrevista e nem repassar qualquer informação para a imprensa. Pela manhã testemunhas foram ouvidas na delegacia e a polícia Civil não ainda confirma as informações repassadas pela PM.

Nota da Redação 

Durante a segunda-feira as versões repassadas pela polícia foram contraditórias sobre o caso, deixando a imprensa em uma situação delicada ao divulgar as informações. Não houve confirmação dos fatos nem por parte da PM e tão pouco pela Polícia Civil, que adotou o silêncio. Respeitamos que as informações devem ser divulgadas somente quando convenientes a autoridade policial, justamente para não prejudicar nas investigações, mas também entendemos que antes de qualquer fonte ter acesso aos detalhes da operação a polícia, de maneira interna e organizada, deveria ter mantido o sigilo necessário para somente após ter todos os dados tornar público. Não queremos ser apontados como o motivo de qualquer discussão ou rixa entre os órgãos de segurança, queremos sim colaborar e ver a PM e a Polícia Civil trabalhando juntas e cumprindo seu importantíssimo papel na sociedade. Esperamos que este episódio sirva para que a imprensa também seja tratada com respeito em Herval d´Oeste, sob pena não de determinados veículos sofrerem, mas sim toda a sociedade, para a qual devemos prestar contas de nossa missão de informar de forma clara, verdadeira e isenta.


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