Município cria sala de Atendimento Educacional Especializado
Município cria sala de Atendimento Educacional Especializado

Pais, professores e diretores de escolas municipais de Herval d´Oeste estiveram reunidos nesta terça-feira (08) para esclarecimentos e a entrega de uma nova sala de aula, do AEE (Atendimento Educacional Especializado), destinada aos alunos que necessitam de atendimento especial. O encontro aconteceu nas dependências da Escola Pequeno Príncipe, localizada na Rua Senador Euzébio, no centro do município.
Maria Eliziane Keller passou no teste seletivo realizado pela administração municipal, realizado neste ano e atua como segunda professora em sala de aula. Ela é formada em pedagogia. Como a professora Maria Eliziane possui deficiência auditiva, explicou para nossa reportagem através da intérprete Mara Regina Heberle, que também é professora no município - e trabalha no Apas (Associação de Pais e Amigos dos Surdos), que na época em que estudou na pré-escola e ensino fundamental, não existia este profissional. “Dou aulas todos os dias, na Escola Cruz e Souza, no bairro São Jorge, para um aluno cadeirante e com deficiência intelectual. Auxilio a professora titular, e está sendo uma experiência muito boa”, diz. O município atende hoje 11 alunos na pré-escola e ensino fundamental com algum tipo de necessidade especial. Conforme a secretária de Educação, Lourdes Brandão, Maria Eliziane ficou muito bem classificada no teste, e atua no município com 40h semanais. “A professora Maria Eliziane vem surpreendendo os colegas professores com seu trabalho. E vem fazendo um ótimo trabalho de inclusão com seu aluno”, diz. “Os professores são continuamente capacitados, para garantir o melhor atendimento aos professores”. “Alunos da rede municipal no ensino regular, que frequentavam a APAE, serão atendidos na Escola. Elas irão para APAE apenas para atendimento clínico. Já que o atendimento é pago pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e os alunos tem o direito de receber o atendimento clínico”. As aulas especiais acontecem de duas a três vezes na semana, em contraturno as aulas do ensino regular. As aulas acontecem na sala da Escola Pequeno Príncipe, que foi adaptada para atender as normas de acessibilidade. A obra deve ser finalizada em 15 dias. A secretária de Educação destaca ainda que estes alunos especiais, não teriam acesso aos materiais específicos para cada deficiência, no ensino regular. “A sala de atendimento especial, foi criada para ensinar os alunos desenvolverem, e também para auxiliar no desempenho de algumas atividades na vida cotidiana”, salienta Lurdes. Os pais acompanharam as explicações dos professores quanto ao trabalho realizado e conheceram as dependências da Escola, bem como os materiais usados em atividades. Conforme Loredi Campanholo, inspetora educacional na Educação Especial no município, um decreto tornando as salas e as aulas já existe. E agora será transformado em lei, que posteriormente será enviada para a Câmara de Vereadores, e sancionada pelo prefeito Nelson Guindani. “O município está atendendo uma lei federal, com a criação de uma sala multifuncional. A lei municipal irá apenas regular a contratação de professores e os trabalhos realizados”, diz. As professoras Francia e Lariane que são professores titulares na Educação Especial, destacam que os planejamentos são realizados de forma diferenciada para cada aluno. “Alguns materiais foram destinados pelo Ministério da Educação (MEC), e outros foram confeccionados por nós mesmas, como é o caso do alfabeto em braile”, diz. Entre os materiais que o município recebeu estão computadores, e materiais pedagógicos como de libras e para psicomotricidade.
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