
A Secretaria de Desenvolvimento Regional de Joaçaba comemora os bons resultados do mutirão de cirurgias eletivas do Governo do Estado, lançado em agosto de 2011. Aos poucos, a demanda de 481 cirurgias, nas especialidades de otorrinolaringologia (amígdalas e adenóide), cirurgia geral (vesícula, hérnia e varizes), oftalmologia (catarata) e ortopedia (joelho, membros superior e inferior e retirada de materiais de síntese), começa a ser atendida. Até o momento, 123 procedimentos cirúrgicos já foram realizados, beneficiando pacientes dos 13 municípios de abrangência.
Das 116 pessoas na fila de espera por uma cirurgia de otorrinolaringologia, 21 já foram contempladas. A Gerência de Saúde buscou um profissional que trabalha em Curitiba para fazer as cirurgias em Joaçaba. “O hospital se propôs a realizar os procedimentos, mas não teria condições de assumir todos. Então, entramos em contato com o médico e ele aceitou a proposta”, revela a gerente Ivanice Peccin. No mês de outubro, o Dr. Diego Pizzamiglio, especialista em otorrinolaringologia, veio a Joaçaba para as primeiras consultas e triagem dos pacientes. Foram mais de 150 atendimentos, realizados nos finais de semana. As cirurgias começaram a ser feitas no dia 20 de janeiro. “Optamos por priorizar as crianças em função do período de férias”, enfatiza Ivanice. Segundo ela, a demanda da otorrinolaringologia deve ser suprida em 60 dias. A SDR Joaçaba também comemora os números das especialidades de cirurgia geral e oftalmologia, cujas filas de espera não existem mais. “Tínhamos 43 pacientes aguardando por cirurgias de vesícula, hérnia e varizes, e outros 43 na fila da oftalmologia. Todos já foram contemplados”, informa. De acordo com a gerente de Saúde, a maior dificuldade da região é a ortopedia. Desde o início do mutirão, apenas 16 pessoas fizeram a cirurgia. Outros 263 ainda esperam pelo procedimento. “O processo está lento porque só dois médicos trabalham na ortopedia do Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST). São necessários mais profissionais para atender a demanda”, explica. Ivanice lembra que das 123 cirurgias eletivas realizadas desde o mês de outubro em pacientes da Regional de Joaçaba, a maioria aconteceu no HUST, de Joaçaba. As de varizes foram feitas em Santo Amaro da Imperatriz, enquanto as de oftalmologia foram realizadas em Chapecó. “Com o mutirão, vemos que a situação está se resolvendo. As pessoas passaram a ter uma resposta e isso é muito positivo”, afirma. Benefícios Uma dessas cirurgias contemplou Claudiane Tiepo da Rosa, do município de Ouro. A adolescente de 13 anos, que aguardava desde 2008 por uma cirurgia de adenóide, estava na fila de espera do Hospital Infantil Joana de Gusmão, de Florianópolis. “Ela tinha dificuldades para respirar, não dormia direito e quando ia a pé para a escola cansava muito. Não tínhamos condições de pagar o procedimento”, lembra a avó Terezinha Tiepo. A notícia do mutirão de cirurgias trouxe esperanças à família, que em três ocasiões viajou a Florianópolis em busca de uma solução. Em 26 de janeiro deste ano, Claudiane foi operada no HUST. “Desde então, tudo melhorou, ela está mais feliz. Só temos a agradecer aos que nos ajudaram”, ressalta Terezinha. Para o secretário de Saúde de Ouro, Israel Casagrande, “é preciso reconhecer o que o Governo do Estado está fazendo pela saúde”. Assim como Claudiane, muitos pacientes da região foram e continuam sendo beneficiados com o mutirão. “Pessoas que há muitos anos aguardavam na fila de espera, sem condições de pagar pela cirurgia, estão sendo atendidas. Parabenizo o Estado pela iniciativa”, diz Ivonês Sutil Demori, secretária de Saúde de Erval Velho. No município, todos os pacientes da fila de espera já foram consultados. “Temos uma paciente, por exemplo, que aguardava a cirurgia desde 2008. Após uma nova consulta e o tratamento, ela teve alta, sem necessidade do procedimento cirúrgico”, lembra Ivonês. Dez mil cirurgias Na última semana, o mutirão de cirurgias eletivas do Governo do Estado chegou a 10 mil procedimentos autorizados. A meta para 2012 é a realização de 22 mil cirurgias e a ampliação do mutirão também para exames. “Enquanto houver uma pessoa na fila, vamos manter o mutirão. O número alcançado é um sucesso porque representa pessoas voltando à vida normal depois de uma longa espera”, afirma o governador Raimundo Colombo. Com investimento de R$ 20 milhões, o Governo busca reduzir as filas de espera por todo o Estado.
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