O dia em que Joaçaba e Herval pararam

O assunto nas rodas de conversa em Joaçaba e Herval não é outro que não o trânsito caótico registrado na sexta-feira, 11, nas duas cidades. O movimento intenso, aliado a chuva que caiu á tarde fez com que trajetos que levavam no máximo 5 minutos fossem feitos em 20, ou até 30 minutos. Foi um verdadeiro teste de paciência, que para muitos também trouxe incômodo e dor de cabeça.

Foi fácil perder a calma no caos que se instalou, mas alguns fatores podem explicar o que provocou a situação, que não é novidade. O fator principal pode ser atribuído aos acidentes. A Polícia Militar registrou nada menos que oito acidentes de trânsito, todos num intervalo muito curto de tempo e nos horários considerados de pico. Para se ter uma idéia do que aconteceu, ás 13h27 houve uma batida entre um Voyage e um ônibus na Duque de Caxias. No mesmo horário e na mesma rua, acidente entre um Vectra e um Siena. Ás 13h59, na rua Santa Catarina, em Herval , se chocaram um Ka e um Agile. Ás 14h25, na rua Roberto Trompowski , Joaçaba, outro acidente entre um Hyundai e um Gol. Mais para o final da tarde houve um acidente ás 17h22 na rua Tiradentes entre um Chevette e um Fiat Uno. Por fim, em pleno horário de intenso movimento, ás 18h11, na Avenida XV de Novembro, entre a Passarela e a Ponte Jorge Lacerda, aconteceu um engavetamento envolvendo quatro veículos, Saveiro, Golf , Renault Sandero e uma Saveiro. Foi um caos que trancou a ponte e provocou lentidão em todo o trânsito de Joaçaba e Herval. Talvez esta quantidade alta de acidente nos horários de maior movimento, aliado ao fato de muitas pessoas saírem com o carros devido a chuva, e por ser véspera de dia das mães, quando muitas pessoas foram as compras, possa explicar o que aconteceu na sexta-feira caótica. Mas o que de fato preocupa é a quantidade de veículos em circulação para a quantidade de vias estreitas e com pouquíssima capacidade de absorver este trânsito. Os últimos dados apontam que Joaçaba possui aproximadamente 14 mil veículos registrados, enquanto Herval d’ Oeste conta com cerca de 10 mil veículos cadastrados. Soma-se a isso a aquelas pessoas da região que vem de carro a Joaçaba para compras, lazer, ou estudo, e teremos um número insuportável. A Conclusão é que algo precisa ser feito, mas para isso é preciso urgência e coragem, não apenas para soluções paliativas, mas projetos que comecem a resolver e planejar as cidades para o que vem por aí. Se hoje é difícil, fique tanquilo, pode piorar.