O mofo dos porões da ditadura
Ao buscar informações em uma reportagem sempre somos surpreendidos com os fatos.
Ao buscar informações em uma reportagem sempre somos surpreendidos com os fatos. Sobre a notícia do ex-torturador argentino que morou em Joaçaba e foi extraditado, a pesquisa me levou a ter conhecimento que 30 mil pessoas desapareceram na Argentina durante os anos da repressão. No Brasil, também na ditadura, o número de desaparecidos é de 300.
Claro, que 300 ou 30 mil nãos são comparáveis pelo aspecto da dor de quem perdeu um ente querido, o sofrimento é igual. Mas vejam que a prisão deste homem que morou em Joaçaba, e que certamente será julgado em seu país, faz com que revivamos o que foi este nefasto e triste período nas duas nações, quando se matou a pretexto de manter a ordem e a soberania.
Que não sejamos nós responsáveis por repetir tais atrocidades, que vez em quando batem a nossa porta na forma de iniciativas de políticos, que tentam barrar principalmente a liberdade de expressão através de leis que remontam o mofo dos porões da ditadura. Ou quando se houve da boca de amigos algo como, "pelo menos da época dos militares havia ordem". Mas o preço pago justifica essa tal "ordem"?
O exercício de voltar ao passado e remexer essas feridas nos faz sentir vergonha, mas também não querer uma repetição.
Lutemos sempre, sem armas e violência, pela paz e pela tolerância.
Éder Luiz
Nos siga no
Google News