Oito moradores de rua estão abrigados na Casa de Acolhida localizada em Herval d’ Oeste
"Por estar na rua as pessoas nem olhavam para mim.

"Por estar na rua as pessoas nem olhavam para mim. Dei o primeiro passo e sinto que posso mudar de vida", essa é a afirmação de um jovem blumenauense de 20 anos, que há pelo menos cinco está nas ruas e depois de passar pela cidade de Chapecó veio parar em Joaçaba, onde conheceu os voluntários da Casa de Acolhida Coração de Rua.
E tanto ele, como outros sete moradores de rua, estão tendo uma nova oportunidade através do trabalho voluntário desenvolvido pela casa de acolhida que fica em Herval d' Oeste e criada com o objetivo de atender toda a região. O local abriu as portas oficialmente no dia 02 de janeiro, graças ao apoio de inúmeras pessoas que colaboraram com a causa e já está fazendo a diferença. Antes do morador de rua ser acolhido na casa, os voluntários fazem uma abordagem explicando como funciona o projeto e ainda as regras para poder permanecer no local, em seguida o Centro de Assistência Psicossocial (Caps) e setor de Assistência social do Município em que ele se encontra são acionados, para saber se esse morador de rua recebe algum benefício e se já fez ou está em algum tratamento médico, para depois se mudar para o local. Cada um deles pode permanecer de três a nove meses na casa, não sendo permitido saídas sem acompanhamento de algum dos seis voluntários, que trabalham realizando diferentes tarefas. "Além dos voluntários que ficam aqui diariamente, temos psicólogas e assistentes sociais que vem até aqui e conversam com eles. Além disso, o pessoal de grupos como antitabagismo e do Alcoólicos Anônimos (AA) também irá trabalhar com eles, em paralelo fazemos o acompanhamento para que façam os documentos, ou quando precisam ir no médico", explicou um dos voluntários. Os moradores estão em fase de adaptação, mas, já seguem uma rotina pré-definida de atividades e ocupam o tempo realizando trabalhos de manutenção da casa, fazendo hortas, colhendo da lavoura existente no terreno e tendo momentos de lazer. O espaço em geral está recebendo melhorias, como uma terraplanagem que possibilitará novas atividades. "Vamos fazer um jardim e se conseguirmos materiais de construção vamos fazer um barracão para que nos dias de chuva, em que não podem trabalhar na área externa, se ocupem com atividades de marcenaria, trabalhos manuais e outros ofícios". Afirmou o voluntário. A intenção é que próximo do final da estadia os acolhidos possam voltar ao convívio de suas famílias, caso tenham familiares que os aceitem, ou que possam, por eles mesmos, seguir a vida, com uma nova oportunidade no mercado de trabalho e novos objetivos. "Aqui estou recebendo atenção, apoio e carinho, coisas que há muito tempo não sabia mais o que eram. Isso está me motivando. Quero voltar a estudar e vou dar a volta por cima", falou esperançoso o jovem de 20 anos citado no início dessa reportagem. É possivel fazer mais Hoje o local está totalmente mobiliado e poderá atender até 20 moradores de rua. "Ainda não chegamos a essa capacidade porque apesar da estrutura física comportar esse número de pessoas ainda esbarramos em alguns custos mensais de manutenção, que podem ficar comprometidos com a chegada de mais pessoas. Por isso, estamos na busca de mais parceiros". Explicou um dos voluntários da Ong que mantém a casa. Algumas demandas do local são ainda por doações de alimentos frios, como carnes, leite e derivados, que tem um tempo de validade menor, tendo que ser comprados toda semana, ferramentas para as atividades agrícolas e principalmente ajuda financeira para despesas como água, luz e combustível, que com o fluxo de pessoas atendidas já se revela alto. Doações de qualquer valor podem ser feitas da seguinte forma: Banco Sicredi Agência 0217 Conta Corrente: 41190-0 Nome: Comunidade Deus é Fiel, que é a Ong Mantenedora da Casa de Acolhida e idealizadora do projeto. Nas fotos abaixo um pouco de como está estruturada a Casa de Acolhida Coração de Rua. Fonte: Portal Éder Luiz
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