Ônibus é incêndiado em Campos Novos

Um ônibus foi incendiado em Campos Novos na madrugada deste sábado, 16. A polícia investiga se o fato tem ligação com os atentados que estão acontecendo em todo Estado.

O veículo, que tinha placas de Itaporanga-SP, era usado para o transporte de trabalhadores. O fogo começou por volta das 4h e destruiu completamente o coletivo, que estava estacionado na rua João Gonçalves Araújo, bairro Aparecida. Com uma madrugada violenta em Santa Catarina o número de atentados subiu para 106 em 32 cidades. Além de Campos Novos, Chapecó, São José, Itapoá e Tubarão registraram ocorrências. Em Chapecó quatros homens atearam fogo em um veículo estacionado na rua Independência. Depois foi a vez de São José, na Grande Florianópolis. No bairro Campinas, a Base da Guarda Municipal foi atingida com cinco disparos de arma de fogo, no momento havia seis guardas municipais no local, mas nenhum foi ferido. Em Itapoá, no Norte de SC, um ônibus que estava em uma garagem foi incendiado. Em Tubarão um carro particular pegou fogo. Segundo a PM, ele estava dentro da garagem quando homens entraram na casa e atearam fogo no veículo. Reação Nas primeiras horas desta manhã, pelo menos 23 pessoas haviam sido presas na operação desencadeada ainda na madrugada deste sábado pela Polícia Civil em Santa Catarina. Cerca de 300 policiais continuam em diligências pelo Estado para cumprir um total de 100 mandados de prisão e de busca e apreensão. Os envolvidos são mandantes ou executores dos atentados contra ônibus e prédios públicos ocorridos desde o dia 31 de janeiro. Os presos estão sendo levados para o ginásio da Academia da Polícia Civil (Acadepol), no Norte da Ilha, em Florianópolis. O local abriga o comando da operação que é liderada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) e abrange policiais civis de todas as principais delegacias do Estado. Foram apreendidas armas, computadores e telefones celulares. Após uma triagem, os detentos serão levados para o sistema prisional. As ordens de prisão foram decretadas por um grupo de juízes, conforme o delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D'Ávila. A operação é coordenada pelo diretor da Deic, delegado Akira Sato. Do total de 100 prisões, pelo menos metade seriam para criminosos que estão em cadeias do Estado e são suspeito de ordenar os crimes nas ruas.