Pais entram com ações para manter crianças no CERT
Pais entram com ações para manter crianças no CERT
Quase 80 pais de crianças que estudam no Centro Educacional Roberto Trompowsky de Joaçaba e que foram informados que seus filhos terão as matrículas canceladas por morarem no município de Herval d´Oeste, entraram com ações na justiça para que os cancelamentos não ocorram.
A medida foi tomada primeiro por um grupo de 28 pais, que ainda na sexta-feira, 05, nomearam o advogado Robson Milagres Ferri como o responsável pelas ações. Segundo o advogado, foi dado entrada com ações ordinárias de tutela antecipada, solicitando uma liminar para que as crianças permaneçam na escola até o julgamento da ação. Nesta segunda, 08, mais 50 ações foram protocoladas e outros pais já procuraram para adotar o mesmo procedimento.
Segundo o advogado, a ação tem como base a garantia constitucional à educação e acima de tudo o impacto psicológico que as crianças estariam sofrendo desde que a secretaria municipal de educação de Joaçaba determinou como prazo o próximo dia 12 de abril para que todos os moradores de outro município deixem a escola.
“Existem crianças que estão desde pequenas na escola, desde 2002, 2203. Não tem como medir o forte impacto psicológico que a medida está causando nelas”. Disse o advogado.
Na opinião do advogado, o fato pode ser classificado como discriminação por parte do município de Joaçaba. “Podemos sim classificar como discriminação apenas pelo fato de existir uma ponte que separe o CERT dos alunos. Em muitos casos o colégio está mais perto da casa destes alunos do que as própria escola que existem em Herval d´Oeste”.
O advogado também informou que os pais que procuraram o município de Herval d´Oeste para buscar vagas para os filhos não encontraram espaço nas escolas da cidade. “Eles relataram que não há vagas suficientes para os mais de 200 alunos, mesmo que o município tenha anunciado que elas existiam”.
As primeiras ações deram entrada pela 2ª vara de justiça da comarca, mas o juiz titular, Edmar Gruber, se julgou incapaz de julgar pelo fato de envolver menores. Os documentos foram então remetidos para o juizado da infância e juventude, do qual é titular o juiz Alexandre Ditrich Buhr, que retorna de férias nesta terça-feira e deverá apreciar os pedidos.
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